O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirmou, nessa quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, que vai antecipar a transferência da segunda parcela de R$76 milhões da ajuda emergencial para o setor de saúde do município.
Os recursos, que seriam transferidos apenas em janeiro, devem estar nos cofres da prefeitura até o dia 28 deste mês. O ministro descartou a possibilidade de intervenção federal na área, mas prometeu realizar reuniões semanais para acompanhamento da situação, com a presença de representantes federais, do estado e do município, além de parlamentares.
Ele participou de reunião com a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, e parlamentares do estado. O governo federal se comprometeu a transferir R$152 milhões à prefeitura.
Os recursos são parte do valor que a prefeitura vinha cobrando na Justiça, como dívida do governo federal pela municipalização de unidades de saúde a partir de 1995. Esse valor será dividido em duas parcelas. De acordo com o ministro, a primeira parcela, de R$76 milhões, já foi depositada.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, a situação está sendo resolvida e os pagamentos atrasados estão sendo feitos. Os servidores terceirizados estão sem receber salário desde outubro e entraram em greve no último dia 10.
A paralisação afeta principalmente clínicas da família e centros municipais de atenção básica. De acordo com os sindicatos que representam esses trabalhadores, os pagamentos estão sendo feitos, embora ainda faltem os repasses de benefícios como os vales-transporte e alimentação.