Publicado em 30/01/2020 - 14:58 Por Lucas Pordeus León - Brasília
Um formulário médico digital para reunir as informações de saúde de todos os brasileiros deve ser criado numa parceria dos Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia.
Este é um dos projetos em estudo na Câmara da Saúde 4.0, criada nesta quinta-feira (30), pelo governo federal. A Câmara vai reunir membros de instituições públicas e privadas para debater medidas que ampliem o uso de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) e também na saúde privada.
Esta câmara já é a quarta deste tipo instalada pelo governo, depois da Câmara da Indústria, da Agricultura e da Infraestrutura 4.0.
No setor da saúde, um projeto-piloto está em andamento em Alagoas e servirá de base para definir medidas para todo o país.
Uma das propostas em estudo é a digitalização do histórico médico das pessoas, incluindo, inicialmente, cinco tipos de informação: o histórico de vacinas, um resumo das internações hospitalares, das consultas da atenção básica, além dos medicamentos recebidos e dos exames laboratoriais feitos, como explicou o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
Essas informações ficariam disponíveis para qualquer médico que venha a atender o paciente.
Segundo o ministro, a medida respeitará a lei de proteção de dados, mantendo a informação sob controle do usuário. Os ministérios ainda estudam o fim do Cartão do SUS, que seria substituído pelo CPF da pessoa.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, considera que esta será uma revolução na saúde, melhorando o atendimento, principalmente nos locais longe dos grandes centros urbanos.
Telemedicina é um modelo de assistência médica que usa tecnologias da informação para fazer as consultas.
Segundo o ministro Henrique Mandetta, a ampliação do uso de tecnologias na saúde pode custar de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões, em um prazo de cinco anos para ser implementado.