Passageiros de voo e 30 parentes de brasileiro com coronavírus estão sendo monitorados

Passageiros de voo e 30 parentes de paciente brasileiro com coronavírus estão sendo monitorados pelas autoridades de saúde.

O primeiro brasileiro com coronavírus chegou na sexta-feira, na casa onde mora com a esposa em São Paulo, capital, após 12 dias a trabalho no norte da Itália, sem manifestar nenhum sintoma.

No Domingo, o homem, de 61 anos, recebeu a família para um almoço. Só na segunda-feira, deu entrada no hospital Albert Einstein, depois que apresentou febre, tosse seca, dor de garganta e coriza – sinais compatíveis com o covid-19.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirma que todas as pessoas que tiveram contato com o paciente estão sendo localizadas.

“30 pessoas da família já foram contactadas e estão sob observação, mais os passageiros do avião. Sendo que a gente classifica esses contatos como contato próximo, que no caso é a espoa, que é quem teve mais contato; e contatos temporários. Mas todos são contactados”

Apesar de ter tido contato com diversas pessoas, a Secretária Nacional de Vigilância em Saúde destaca que estudos apontam que a pessoa contaminada só é capaz de transmitir a doença para duas ou três pessoas, em média.

De acordo com as autoridades de saúde, apenas a esposa, que teve o maior contato com o infectado, passará por uma quarentena de mais 14 dias após o pleno reestabelecimento do paciente.

Os demais familiares estão sendo monitorados. Já os passageiros que vieram no mesmo voo do paciente com coronavírus estão sendo localizados e orientados, como afirmou Henrique Mandetta.

“A Anvisa localiza cada um deles, a gente entra em contato e comunica: no avião que você veio teve uma pessoa que foi testada positivo. Caso você tenha febre, tosse, etc., você deve comunicar ao profissional de saúde que você estava nesse avião, o número do voo, poltrona, para que ele possa pensar na possibilidade do coronavírus, mesmo que você não esteja vindo da área acometida”.

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, o homem está bem, com sinais brandos, recebeu as orientações de precaução e cumpre isolamento domiciliar.

O ministro da Saúde destacou que só casos graves devem ser hospitalizados.

“Ele já estava dentro de casa. Você levar esse paciente para fazer um isolamento em um ambiente hospitalar, só aumenta a chance de outros pacientes em estado debilitado de poderem ser acometidos. Temos que levar as pessoas com quadro respiratório grave para dentro do ambiente hospitalar, mas não levar pessoas que estão com um resfriado, um quadro em bom estado geral, se alimentando, falando”.

Além do caso confirmado, o Ministério da Saúde investiga 20 suspeitas de coronavírus, a maioria em São Paulo: 11. Também há casos sob investigação em Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Todos já tiveram suas amostras encaminhadas para exames laboratoriais.

Desde de janeiro o Ministério da Saúde monitora os casos de coronavírus. 59 já foram descartados.