O ministro da Educação e Ciências do Paraguai, Eduardo Petta, anunciou que as aulas presenciais ficarão suspensas até dezembro deste ano para evitar a propagação do novo coronavírus. A decisão afeta cerca de 1,4 milhão de estudantes do ensino público e privado.
No final de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estavam com as aulas suspensas devido à pandemia. Por enquanto, os alunos seguem com as aulas à distância, com uso de ferramentas digitais.
O Paraguai anunciou a volta gradual das atividades econômicas com a chamada "quarentena inteligente", um plano de turnos rotativos que engloba diferentes áreas de trabalho. Assim, o país que teve uma das ações mais duras e restritivas no início da pandemia se prepara para retomar as atividades, mantendo as medidas de distanciamento social e de higiene.
O Paraguai tem uma população de 6,9 milhões de pessoas. Até o momento, foram registrados 230 casos da doença e nove mortes. No Peru, o presidente Martín Vizcarra, afirmou na semana passada que os alunos seguirão com as aulas à distância durante todo o ano letivo de 2020. O país tem 31,9 milhões de habitantes e, até o momento, mais de 28 mil casos confirmados da Covid-19 e cerca de 780 mortes.
No México, as aulas devem voltar, a princípio, no início de junho. O país desenvolveu um programa televisivo chamado "Aprende em casa", reconhecido pela Unesco e baseado em livros didáticos gratuitos.
Na Argentina, o ministro da Educação, Nicolás Trotta, afirmou que ainda não se pode precisar a data de retorno à escola. Para ele, o mais importante é como será a volta às aulas. O ministro defende que o retorno seja gradual, e que haja prioridade para alunos no último ano do ensino fundamental e no último do ensino médio.
No Uruguai, os alunos realizam atividades didáticas através de uma plataforma online, criada em 2007. De acordo com o governo uruguaio, 85% dos estudantes de ensino infantil e fundamental frequentam a escola e têm acesso ao dispositivo para acessar o conteúdo em suas casas.
O governo uruguaio havia previsto a volta às aulas para o dia 13 de abril, mas adiou o retorno por tempo indeterminado. O país tem 3,5 milhões de habitantes, 620 casos de Covid-19 e 15 mortes.





