No Brasil, mais de 850 pessoas esperam por transplante de medula óssea

Especialistas alertam para o impacto da pandemia nas doações

Publicado em 21/09/2020 - 08:57 Por Dayana Vítor - Brasília

Mesmo com mais de cinco milhões de doadores cadastrados no REDOME - Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil, Wendy Nascimento, de 27 anos, aguardou cinco meses para conseguir uma pessoa compatível com seu perfil genético. Nesse tempo de espera, ela conta que a angústia foi grande. Mas que após o transplante, ela renasceu.

Assim como Wendy precisou de um transplante de medula óssea, outras 850 pessoas estão na fila de espera.

Apesar de o Brasil ser o 3º país do mundo em número de doadores, as cirurgias costumam demorar para acontecer, porque a chance de o paciente encontrar uma pessoa compatível é de uma em 100 mil.

Outro problema é que a maioria dos inscritos no registro de doadores de medula óssea aqui no Brasil são das regiões Sul e Sudeste do país, e é necessária uma maior variedade de perfis genéticos para haver maiores chances de compatibilidade entre as pessoas.

Por causa da pandemia da covid-19, os números de doadores e de transplantes caíram no país, como explica o médico hematologista que coordena uma central de transplantes de medula, a IBCC Oncologia, Roberto Luiz da Silva

Apesar da redução de doadores e transplantes de medula em 2020, a coordenadora da Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo, Carmem Vergueira, observou que as pessoas cadastradas como doadores no Redome, quando convocadas, não se recusaram a doar.

O transplante salva a vida de pessoas com doenças graves como leucemias, linfomas, mielomas múltiplos e algumas doenças autoimunes.

Se você quer ser um doador voluntário, é simples, basta fazer o cadastro no hemocentro mais próximo, onde será coletada uma amostra de sangue. Depois, os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME. Assim, quando surgir um paciente precisando de transplante, a compatibilidade será verificada e o doador convocado.

A medula óssea é um tecido líquido localizado no interior dos ossos, onde são produzidos glóbulos vermelhos do sangue, glóbulos brancos e plaquetas. Esse líquido é aspirado com o auxílio de agulhas nos ossos da bacia. O procedimento é seguro, realizado em centro cirúrgico e o doador recebe anestesia geral.

Durante a pandemia da covid-19, os centros de transplante estão seguindo as recomendações sanitárias do Ministério da Saúde, Anvisa e Sociedades de Transplante.

Lembre-se que doar medula é doar vida. Dentro de poucas semanas, a medula do doador é totalmente recuperada.

Edição: Adrielen Alves

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