Prefeitura de São Paulo contesta aumento de mortes em Paraisópolis

Segundo o Instituto Pólis, em dois meses, as mortes cresceram 240%

Publicado em 09/09/2020 - 14:25 Por Nelson Lin - São Paulo

Estudo da Ong Instituto Pólis revela que o número de mortes na favela de Paraisópolis cresceu 240% em dois meses, entre maio e agosto.

De acordo com levantamento, a taxa subiu de 16 óbitos a cada 100 mil habitantes para 54 a cada 100 mil. A ong utilizou dados obtidos através da Lei de Acesso à informação junto à Secretaria municipal de Saúde de São Paulo.

Apesar de a comunidade de Paraisópolis ser um modelo de combate à covid-19 pela implantação do sistema de líderes comunitários que cuidam de grupos de 50 famílias e a contratação de ambulâncias pela própria comunidade, para Jorge Kayano, médico sanitarista do instituto, a duração da pandemia para mais de 6 meses, além da falta de apoio do poder público podem explicar esse aumento no número de mortes.

No entanto, a Prefeitura de São Paulo e o presidente da Associação de Moradores de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, contestam os dados do Instituto Pólis.

Em meados de agosto, 2 centros de isolamento para moradores com covid-19 foram desativados para o reinício de atividades escolares e também por causa diminuição do número de casos.

Além disso Gilson afirma que atendimentos de ambulâncias da comunidade também diminuíram no período

No entanto, apesar da manutenção de ações da própria comunidade para se proteger da covid 19, Gilson falou que eles ainda cobram mais participação do poder público no combate à doença.

Em nota, a Secretaria municipal de Saúde afirmou que não comenta estudo em que desconhece a metodologia e que o número de mortes na Vila Andrade, distrito ao qual o bairro de Paraisópolis está inserido diminuiu de 39 óbitos, em maio; para 8 em agosto. E que 100% da comunidade de Paraisópolis está inserida no programa Estratégia Saúde da Família, com mais de 59 mil pessoas cadastradas nas três Unidades Básicas de Saúde da região.

Edição: Sâmia Mendes

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