Com alta de internações, AM descarta flexibilizar medidas restritivas

Governo também se preocupa com aglomerações por causa das eleições

Publicado em 15/10/2020 - 15:54 Por Bianca Paiva - Brasília

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas vem observando uma tendência de aumento de internações e atendimentos hospitalares por Covid-19, especialmente em pessoas com mais de 40 anos. Diante disso, o governo do Amazonas descartou, por enquanto, flexibilizar as medidas restritivas adotadas em setembro, quando houve um aumento de casos da doença no estado.

Bares, casas de shows e balneários, por exemplo, estão proibidos de funcionar. Restaurantes e lojas de conveniência só podem ficar abertos até as dez da noite.

O governador Wilson Lima informou que vai avaliar os dados nos próximos dias para tomar uma decisão.

Também preocupa o governo amazonense o registro de aglomerações, principalmente no interior, por causa do período eleitoral. A realização de convenções, comícios e passeatas pode ter contribuído para o aumento de casos de Covid-19 em 48% dos municípios, entre os dias 27 de setembro e 10 de outubro. O destaque ficou para Parintins, Carauari e Tefé, conforme levantamento da Fundação de Vigilância em Saúde do estado.

Segundo Wilson Lima, um decreto está sendo elaborado junto com o Tribunal Regional Eleitoral para estabelecer medidas preventivas e reforçar recomendações durante as eleições municipais.

O Amazonas registrou 654 novos casos de Covid-19 e 14 mortes conforme o boletim divulgado, nessa quarta-feira, pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado. A capital Manaus concentra 37% dos casos.

O governador Wilson Lima disse ainda que solicitou formalmente à Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, um posicionamento oficial sobre uma suposta segunda onda de casos da Covid-19 em Manaus. Um pesquisador da instituição declarou à imprensa que a capital amazonense estaria nesta situação. Porém, a Fundação de Vigilância em Saúde contesta essa afirmação.

Procuramos a Fiocruz e a instituição informou que se manifesta por meio de notas técnicas. Na última, divulgada nessa quarta-feira, a Fundação ressalta que os dados levantados apontam para a necessidade de monitoramento das medidas de contenção no processo de evolução da epidemia no Amazonas e recomenda uma maior adesão da população. O documento não faz menção a uma possível segunda onda do novo coronavírus em Manaus.

Edição: Sumaia Villela

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