Tratamento dentário em crianças reduz quase 90% na pandemia
Em tempos de pandemia, as crianças têm ido menos ao dentista. É o que mostra uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Pelotas. Depois da confirmação do primeiro caso de covid-19 aqui no Brasil, em fevereiro, a procura por tratamento dentário infantil caiu 66%. E alcançou 89% em abril, durante a fase mais aguda da pandemia.
Essa queda nos atendimentos se deu pelo distanciamento social e pelas orientações de autoridades de saúde de reduzir as atividades como forma de evitar riscos de contágio, restringindo esses procedimentos apenas à urgência e emergência.
A pesquisa foi publicada no International Journal of Pediatric Detistry, revista científica especializada em odontologia pediátrica. Foram avaliados dados de procedimentos odontológicos feitos no SUS, como extrações e restaurações, no período de janeiro a maio.
Os dados mostram, ainda, que foi no Nordeste onde ocorreu a maior redução na procura por tratamento dentário infantil. Em junho, a Universidade de Pelotas já havia publicado um outro estudo mostrando que os dentistas diminuíram bastante o atendimento, mais na rede pública do que na privada.
O estudo também havia constatado que esses profissionais passaram a adotar medidas de prevenção e combate à pandemia, como o emprego de equipamentos de proteção individual.