Covid-19: Secretaria de Saúde do Rio investiga casos de nova variante
Cinco casos da nova cepa já foram confirmados no estado
Publicado em 22/02/2021 - 10:07 Por Solimar Luz - Rio de Janeiro
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro investiga a possibilidade de o Rio de Janeiro ter novos casos de infecção por mutações do coronavírus. Após a confirmação sobre a chegada e transmissão local de duas novas cepas, uma equipe da Secretaria esteve em Nova Friburgo, região serrana fluminense, para colher informações sobre um caso da variante britânica no município. A inspeção aconteceu na [última sexta-feira (19), mas só foi divulgada neste domingo (21).
Por meio de nota, a secretaria informou que o paciente com essa variante mora no Rio, e no dia 17 de Janeiro, antes de apresentar sintomas da doença, esteve na cidade serrana para um reunião de família, com pelo menos outras oito pessoas. Um dia depois, segundo a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, o dono da casa em Nova Friburgo foi diagnosticado com covid-19. A investigação epidemiológica aponta que o caso já identificado da mutação britânica no estado pode estar relacionado a esta infecção em Nova Friburgo.
Ainda de acordo com a secretaria de Saúde, não é possível fazer o sequenciamento genético deste caso devido à falta de material para análise. O morador de Nova Friburgo realizou teste rápido de antígeno para diagnóstico da covid-19, e não RT-PCR, que permitiria essa análise. Ele já está recuperado da doença.
Confirmados, até agora, há no estado cinco casos de mutações do vírus, sendo um com a variante do Reino Unido e outros quatro com a cepa de Manaus. Dois pacientes infectados com a mutação brasileira morreram na última semana, sendo um morador de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e outro paciente de Manaus, que estava em tratamento no Rio.
A secretaria informou que estudos apontam que a variante brasileira do coronavírus tem maior capacidade de transmissão, mas a letalidade não difere da linhagem inicial.
As autoridades sanitárias do estado pediram a população para intensificar as medidas de prevenção de contágio, uma vez que há pouca disponibilidade de informações científicas sobre os possíveis impactos no cenários epidemiológico da covid, a partir dessas mutações.