Municípios fluminenses anunciam compra de vacina da Rússia
A cidade de Maricá saiu na frente e é a 1ª no estado do Rio de Janeiro a anunciar uma compra independente de vacinas contra a covid-19, após a autorização dada pelo Congresso ser sancionada pelo governo federal. De acordo com o prefeito Fabiano Horta, as tratativas já estão sendo feitas junto ao Fundo Soberano da Rússia desde o mês de dezembro.
Agora, com a liberação, um contrato será firmado para a aquisição de 400 mil doses da Sputnik, produzida naquele país. O imunizante ainda não foi aprovada pela Anvisa, mas já está sendo aplicado em dezenas de países, incluindo os vizinhos Argentina, Paraguai e Venezuela.
Ainda segundo o prefeito, como as vacinas serão fabricadas na Rússia e enviadas para o Brasil, o prazo para a chegada ainda é incerto e depende da logística exigida na operação.
Um artigo publicado pela conceituada revista científica The Lancet apontou que a Sputnik registrou 91,6% de proteção contra a infecção pela covid-19, sendo 100% eficaz na prevenção de casos graves e mortes.
Depois do anúncio feito por Maricá, o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, declarou nas redes sociais que estava em contato com o chefe daquele município, para seguir a sua liderança. No entanto, a prefeitura não deu detalhes a respeito da intenção manifestada por Paes de também adquirir vacinas fora do Plano Nacional de Imunização.
Já o prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Washington Reis, afirmou que pretende comprar um milhão de doses de vacinas e que vai negociar os imunizantes imediatamente com laboratórios de todo o mundo, mas sem explicar melhor o plano.
As duas cidades estão entre os mais de 70 municípios fluminenses que já aderiram ao Consórcio Público para a compra de vacinas, organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos.
O objetivo do consórcio é dar segurança jurídica às prefeituras, para o caso de o Plano Nacional não conseguir suprir a demanda por imunizantes para a toda a população, com rapidez.