Amapá registra morte de duas crianças por sarampo
Publicado em 18/05/2021 - 08:35 Por Daniella Longuinho* - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Duas crianças morreram por sarampo este ano no Amapá. Casos fatais da doença não eram registrados no estado há pelo menos duas décadas, de acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá, que confirmou os óbitos.
Uma das mortes ocorreu na capital, Macapá: uma menina de sete meses que não estava vacinada. A outra, também de uma menina, ocorreu em uma aldeia indígena, no município de Pedra Branca do Amapari, a 188 quilômetros da capital. Nesse caso, a criança indígena tinha quatro meses, idade fora da faixa etária de vacinação.
O Amapá vive um surto de sarampo. Já são 320 casos confirmados até este mês de maio, número superior ao registrado em todo o ano passado, que foi de 297.
No início deste ano, o governo do Amapá, em parceria com a Organização Panamericana das Américas (Opas), realizou uma varredura vacinal, indo de casa em casa, em sete municípios, buscando pessoas ainda não imunizadas. A ação alcançou mais de 50 mil amapaenses. Ainda assim, o número de vacinados contra a doença no estado é considerado baixo.
Em caso de surto de sarampo, a recomendação do Ministério da Saúde é a aplicação de três doses: a dose zero para crianças de seis a 11 meses; a dose um, com 12 meses; e a dose dois, com 15 meses de idade.
No Amapá, a vacinação também é direcionada a adultos de até 29 anos, que nunca tenham tomado o imunizante ou não se lembrem, em duas doses. Já para adultos acima de 29, basta uma dose.
No ano passado, 21 estados apresentaram casos de sarampo e o país registrou dez óbitos pela doença: um em São Paulo, um no Rio de Janeiro e oito no Pará. Atualmente, além do Amapá, outros dois estados estão com circulação ativa do vírus: São Paulo e Pará.
Vale lembrar que os sintomas do sarampo são parecidos com os da covid-19, como tosse e febre. A doença é altamente contagiosa e afeta crianças e adultos. A única forma de prevenção é a vacina.
*com produção de Salete Sobreira e colaboração de Gésio Passos
Edição: Jéssica Gonçalves / Nathália Mendes