Covid-19: Anvisa autoriza uso emergencial de combinação de anticorpos

Agência também autorizou teste com vacina Covaxin

Publicado em 14/05/2021 - 08:25 Por Victor Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

A Anvisa autorizou nessa quinta-feira (13) o uso emergencial, em caráter experimental, de um novo tratamento contra a covid-19. É uma combinação de dois remédios: o Banlanivimabe e o Etesevimabe, os dois da empresa Eli Lilly, que tem sede nos Estados Unidos.

Essa é a segunda combinação de anticorpos contra a covid-19 aprovada pela Anvisa. A primeira foi a Regen-Cov, em abril, também em caráter emergencial. Em março, a agência concedeu registro ao antiviral Rendesivir. Os três tratamentos ainda precisam passar pela avaliação da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, para começarem a ser usados no Sistema Único de Saúde.

O gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, destacou que os remédios devem ser usados na fase inicial da doença, em pacientes a partir de 12 anos, nos grupos mais vulneráveis.

Os remédios trazem anticorpos criados em laboratório que bloqueiam aquela coroa que tem na parte externa do coronavírus. É essa coroa que prende o vírus nas nossas células, para que ele se reproduza.

O tratamento tem 70% de eficácia para evitar o agravamento dos casos em diversas variantes do coronavírus. As pesquisas só não conseguiram comprovar a eficácia contra a variante P1, que foi registrada inicialmente no estado do Amazonas e se espalhou pelo país durante a segunda onda da pandemia.

A terapia com anticorpos já foi aprovada nos Estados Unidos e os remédios são aplicados na corrente sanguínea, uma única vez. O paciente deve ficar em observação por pelo menos uma hora após receber a substância. Isso tudo precisa ser feito até o décimo dia de sintomas e, segundo Gustavo Mendes, está restrito aos hospitais.

Também nessa quinta a Anvisa autorizou o teste de fase 3 da vacina Covaxin em 4,5 mil voluntários brasileiros. Estão previstos 3.500 participantes em São Paulo, 500 no Rio de Janeiro, 500 na Bahia e 500 em Mato Grosso. A vacina é feita a partir de vírus inativado e foi desenvolvida por três instituições da Índia: o Conselho de Pesquisa Médica, o Instituto Nacional de Virologia da cidade de Pune e o laboratório Bharat Biotech.

O pedido para a pesquisa foi feito pela empresa Precisa Farmacêutica, que representa a Covaxin no Brasil. É o sétimo teste de vacina contra o coronavírus no país. A imunização ocorre em duas doses, com 28 dias de intervalo. A realização de teste de fase 3 permite que os desenvolvedores peçam também a autorização para uso emergencial da Covaxin no Brasil

Edição: Raquel Mariano/ Adrielen Alves

Últimas notícias
Geral

Governo recua e Petrobras pode pagar 50% de dividendos extras

A decisão veio nessa sexta-feira (19), após reunião do Conselho de Administração da empresa e será levada à Assembleia Geral marcada para a próxima quinta, dia 25.

Baixar arquivo
Saúde

Covid-19: Brasil receberá mais 12,5 milhões de doses da vacina em maio

Esse lote é do imunizante mais atualizado, que também protege contra a variante XBB. Assim que chegar ao país, as vacinas serão distribuídas aos estados em até 12 dias.

Baixar arquivo
Geral

Tietasaura: nova espécie de dinossauro baiano é identificada

O espécime teria vivido no Recôncavo Baiano e foi batizado em homenagem ao romance de Jorge Amado. Os fósseis eram considerados perdidos, mas foram encontrados recentemente no Museu de História Natural de Londres. Ainda não há previsão de retorno para o Brasil.

Baixar arquivo
Direitos Humanos

Podcast Crianças Sabidas: 60 anos do golpe militar de 1964

A Radioagência Nacional lança o segundo episódio do podcast Crianças Sabidas, com jornalismo voltado para o público infantil. Neste episódio, 60 anos do golpe militar de 1964 , a jornalista Akemi Nitahara, que é autora da série de livros infantis Naomi e Anita, conta sobre o golpe e suas consequencias para o país por meio de músicas compostas na época. 

Baixar arquivo
Saúde

Anvisa decide pela proibição da venda de cigarros eletrônicos

De acordo com a Anvisa, estudos científicos mostram que os cigarros eletrônicos podem conter nicotina e liberam substâncias cancerígenas e tóxicas. Além disso, os dispositivos não são mais seguros que os cigarros convencionais.

Baixar arquivo
Geral

Rio de Janeiro será sede do Museu da Democracia

O Museu vai funcionar no prédio do atual Centro Cultural do Tribunal Superior Eleitoral, no centro da cidade. A concepção será feita pela Fundação Getúlio Vargas.

Baixar arquivo