CPI da Pandemia: 305 mil mortes poderiam ter sido evitadas, diz médica

Pesquisadores defenderam medidas de contenção e distanciamento social

Publicado em 24/06/2021 - 19:25 Por Leandro Martins, da Rádio Nacional - Brasília

Durante a CPI da Pandemia, no Senado, nesta quinta-feira, pesquisadores defenderam que as medidas de contenção e distanciamento social sejam reforçadas no país para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Em depoimento à Comissão, Jurema Werneck, médica representante do movimento Alerta, ressaltou que medidas simples, que deveriam ter sido adotadas desde o início da pandemia, ainda são válidas para reduzir o número de casos novos.

A médica também apresentou dados que apontam que 305 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil durante os primeiros 12 meses da pandemia da covid-19. Jurema Werneck afirmou que muitas dessas pessoas não buscaram auxílio médico, e outras, que procuraram o sistema público de saúde, encontraram os postos superlotados.

Também foi ouvido pela CPI o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal. Ele afirmou que não se pode falar em ondas da pandemia da Covid aqui no Brasil:

Antes do início dos depoimentos, os parlamentares discutiram sobre a entrevista dada, nessa quarta-feira, pelo deputado federal Luís Miranda, do Democratas do Distrito Federal, que apontou supostas irregularidades no contrato para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, que é produzida pela indiana Bharat Biotech. O irmão dele, Ricardo Miranda, que é servidor o Ministério da Saúde, denunciou ter sofrido pressão para liberar a vacina.

Após as declarações do deputado, o governo informou que vai pedir que a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União investiguem o caso, que foi classificado como, no mínimo, “denunciação caluniosa” pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni.

Por causa disso, o relator da CPI, o senador Renan Calheiros, quer convocar Onyx para falar à CPI. O requerimento pode ser votado nesta sexta, quando devem prestar depoimento os irmãos Luis Miranda e Ricardo Miranda, além do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins.

Edição: Bianca Paiva e Luiz Claudio Ferreira

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