Grávidas devem manter pré-natal mesmo durante a pandemia

Publicado em 17/06/2021 - 15:13 Por Sayonara Moreno - Rádio Nacional - Brasília

O nascimento prematuro de bebês é a principal causa de mortes, entre crianças de até cinco anos. O dado é da Organização Mundial da Saúde, que define como prematuridade o nascimento antes de 37 semanas de gestação.

Os riscos para essa vinda ao mundo antes do tempo ideal para completar o desenvolvimento da criança, aumentam com a pandemia da covid-19. Isso porque muitas gestantes temem ser infectadas e acabam não frequentando as consultas de pré-natal, item importante para um nascimento saudável e no momento adequado.

Mas os cuidados com a covid são realmente importantes, porque a contaminação pode fazer com que as grávidas sofram complicações. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em muitos casos, elas precisam de internações na UTI.

A pediatra e neonatologista da SBP, Lilian Sadeck, explica que covid não causa prematuridade, mas a complicação na saúde da mãe, devido à doença, pode causar um parto de emergência.

Por isso, a especialista destaca a importância de se prevenir contra a covid-19. Mas ela alerta que essa prevenção não pode afetar a rotina de acompanhamento da gravidez, e todas as consultas e exames de pré-natal devem ser feitos.

Como fez a servidora pública, Jany de Freitas, de 35 anos. Jany tem diabetes e enfrentou três partos prematuros. Na primeira gestação, a criança não resistiu à prematuridade, teve doença no coração e acabou morrendo. A terceira filha nasceu em meio à pandemia, com 35 semanas. Jany tomou todos os cuidados com o pré-natal.

Segundo a Fundadora e diretora executiva da OnG Prematuridade.com, Denise Suguitani, o Brasil registra, por ano, 340 mil nascimentos prematuros, o que nos coloca em 10º lugar, no mundo, na lista com mais bebês que nascem antes do tempo ideal. Prevenir a prematuridade é importante, segundo Denise Suguitani, porque gera consequências, além de sequelas à criança, em alguns casos.

A entidade não governamental Prematuridade.com atua há sete anos no Brasil com ações de apoio emocional, jurídico, pesquisas, políticas públicas, em mais de 20 estados brasileiros. A organização busca reduzir os impactos e a necessidade de nascimentos prematuros.

Gestar e parir durante a pandemia não é fácil. Os cuidados devem ser redobrados e o risco de contaminação devem ser minimizados, sem  faltar às consultas de pré-natal. A orientação para as gestantes é a mesma para toda a população: manter o distanciamento social, mãos sempre limpas e usar máscaras que realmente protegem do coronavírus.

Edição: Paula Ribeiro / L Pedrosa

Últimas notícias
Cultura

História Hoje: Dia Mundial dos Escoteiros

O dia 23 de abril marca a celebração desse movimento mundial que tem como lema estar “Sempre alerta!” A data foi escolhida em homenagem a São Jorge, que era considerado pelo fundador um exemplo a ser seguido.

Baixar arquivo
Economia

PF e Abin investigam invasão ao sistema de pagamento do governo

O que se sabe até o momento é que não houve ataque externo na invasão ao Siafi. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alguém usou o CPF e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

Baixar arquivo
Justiça

Gilmar Mendes suspende ações sobre marco temporal e abre conciliação

Em setembro do ano passado, o STF derrubou a tese do marco temporal. Assim só seriam demarcadas as terras indígenas ocupadas ou em disputas até promulgação da Constituição, em outubro de 1988. Mas, logo depois, o Congresso Nacional aprovou uma lei que manteve o marco temporal.

Baixar arquivo
Geral

Marco Civil da Internet completa dez anos e norteia outras leis

Entre os princípios do Marco Civil, estão a garantia da liberdade de expressão, a proteção da privacidade e dos dados pessoais e a neutralidade da rede. Propagação das Fake News impõe outros desafios à legislação, como a regulação das redes sociais.

Baixar arquivo
Educação

Leitura pode reduzir pena na prisão, mas acesso ainda é restrito

Uma pesquisa do CNJ divulgada em outubro do ano passado mostrou que o acesso à leitura ainda é restrito nas prisões. Cerca de 30% das unidades prisionais no país não têm bibliotecas ou espaços de leitura.

Baixar arquivo