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Saúde

Parkinson: tecnologia de baixo custo mede sinais da doença

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Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional -
30/07/2021 - 19:42
Rio de Janeiro

A eclosão da pandemia do novo coronavírus reatualizou um tema que tem se tornado progressivamente mais urgente: o cuidado com os idosos. Cada vez mais presentes em nossa sociedade, em razão do crescente desenvolvimento das tecnologias médicas em todo o mundo, os idosos viram sua expectativa de vida aumentar com o passar dos anos.

Segundo o IBGE, no ano 2000, pessoas acima de 65 anos representavam 8,17% da população brasileira. Em 2025, o Brasil poderá ocupar o sexto lugar em relação à população idosa, podendo alcançar cerca de 32 milhões de pessoas acima de 65 anos.

Com a ampliação da expectativa de vida, cresceu também o número de distúrbios e doenças características da idade, a exemplo do Mal de Parkinson. Os dados são do neurocirurgião Bruno Pessoa, que é  neuropesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador de uma pesquisa sobre a tecnologia do TREMSEN – Tecnologia de Detecção Precisa de Tremores.

O mal é caracterizado por tremor, rigidez e instabilidade postural, apresentando evolução arrastada e progressiva, com complicações motoras e não motoras em fases mais avançadas.

O neurocirurgião da UFF, juntamente com uma equipe da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, e também da Universidade da Califórnia, nos EUA, vem desenvolvendo a pesquisa para transformar a avaliação médica, pautada somente no exame clínico do neurologista, numa ferramenta objetiva.

Bruno Pessoa explica que o método consiste na aplicação de sensores nas mãos do paciente. O médico ressalta as vantagens desse mecanismo, tendo em vista tratar-se de um método de baixo custo.

Outra característica da tecnologia é que o próprio paciente consegue mensurar sua condição neurológica. Dessa forma, ele tem como saber de modo mais objetivo se a doença dele está estável, progredindo ou melhorando do ponto de vista clínico.

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