Covid: diretora da SBIm esclarece que vacinação para jovens é segura
Publicado em 20/09/2021 - 09:00 Por Beatriz Evaristo - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Vacinar crianças e adolescentes contra a covid-19 é seguro? Se há dúvida, é importante saber o que a ciência pode explicar até agora. Entre os imunizantes disponibilizados no Brasil, somente a Pfizer recebeu autorização da Anvisa para ser aplicada em jovens de 12 a 17 anos.
De acordo com dados do fabricante, o imunizante demonstrou eficácia de 100% nos estudos clínicos com esse grupo. Sobre possíveis complicações no uso da Pfizer, a doutora Flávia Bravo, que é pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esclarece que os casos são raros. Segundo ela, foram 16 casos leves e moderados em 100 milhões de doses aplicadas.
Outros fabricantes também estudam a aplicação em crianças e adolescentes. Em maio, estudos da Moderna mostraram 100% de eficácia em um grupo de mais de 3.700 adolescentes. Austrália, Canadá e Filipinas, por exemplo, já autorizaram o uso da Moderna a partir de 12 anos. No caso da Coronavac, o Chile iniciou a vacinação em crianças de seis a onze anos que tem comorbidades.
O pesquisador e professor do Instituto de Química da Universidade de Brasília, Wender Silva, comenta que os resultados em testes realizados com adolescentes têm sido promissores. Segundo o professor, a própria Coronavac já possui resultados promissores para aplicação em jovens em pesquisas feitas na China.
A Organização Mundial de Saúde reconhece que a Pfizer é adequada para uso por pessoas a partir de 12 anos e orienta que seja aplicada em jovens que tenham comorbidades com risco maior de desenvolver quadros graves da covid-19. Quanto as demais crianças, a OMS recomenda que só recebam a vacina quando os grupos de alta prioridade tiverem recebido as duas doses.
Edição: Sheily Noleto / Guilherme Strozi