Setembro é mês de campanha de conscientização sobre dermatite atópica
Publicado em 23/09/2021 - 18:16 Por Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Pele seca e muita coceira são as principais características da dermatite atópica. A doença genética não tem cura, mas tem tratamento. Pode afetar até 25% das crianças e 7% dos adultos. Seus efeitos são visíveis na pele: vermelhidão, bolhas ou até feridas. E é justamente por ter cara, que a dermatite atópica desperta medo e preconceito.
Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica é contagiosa. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Isso revela que a falta de informação leva ao preconceito. A desinformação não para por aí: o levantamento mostra que quase metade dos entrevistados acredita que a doença é causada por falta de higiene. Isto não é verdade.
A médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Rosana Lazzarini, explica que a chamada “DA” causa muitos incômodos no paciente, que precisa lidar, também, com o preconceito.
Segundo Rosana Lazzarini, apesar de não ter cura, alguns casos em crianças melhoram na adolescência. Mas, quando chega à fase adulta, pode afetar no desenvolvimento profissional dessas pessoas.
A pesquisa ainda aponta que metade dos adultos já apresentaram três ou mais sintomas e nem procuraram um médico. Só 1% dos casos são diagnosticados: porque nem sempre é feito corretamente e porque é difícil.
A dermatologista Rosana Lazzarini cita que a rede pública de saúde tem serviços e profissionais com condições de realizar o diagnóstico correto. Mas, lamenta que o Brasil não reconhece alguns medicamentos utilizados no mundo todo e com bons resultados. Para ela, é preciso entender a gravidade da doença, para que o acesso a esses medicamentos seja garantido, na busca de qualidade de vida dessas pessoas.
Para combater a desinformação, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove, durante este mês de setembro, uma campanha de conscientização sobre a dermatite atópica. O conhecimento sobre a doença precisa ser disseminado, para que as pessoas que a possuem sejam respeitadas e acolhidas em qualquer ambiente. Sem preconceitos...
Edição: Jacson Segundo / Beatriz Arcoverde