A CLIA, Associação Brasileira de Navios e Cruzeiros, decidiu manter a suspensão das operações no país até 18 de fevereiro. As companhias analisam o avanço da pandemia e os impactos provocados pela variante ômicron da covid-19, para analisar um possível retorno.
O setor é responsável por gerar cerca de 24 mil empregos e a expectativa era de receber mais de 360 mil turistas, somente nesta temporada que começou em novembro de 2021.
Antes dessa suspensão, a CLIA decidiu de forma voluntária adiar as operações de navios e cruzeiros até 21 de janeiro para conter o avanço das infecções pelo coronavírus a bordo.
No dia 12 de janeiro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária já havia recomendado ao Ministério da Saúde e à Casa Civil a interrupção definitiva das operações desta temporada prevista para terminar em março.
Segundo a CLIA, de 130 mil passageiros embarcados entre 5 de novembro e 3 de janeiro, 1.100 pessoas testaram positivo para a covid-19, o que representa menos de 1% de hóspedes e tripulantes.
Para entrar em cruzeiros no Brasil é obrigatória a apresentação do comprovante de vacina, com pelo menos duas doses, e teste negativo para a covid. Dentro da embarcação a ocupação deve ser a mínima permitida, e deveriam ser realizados testes contínuos em passageiros e tripulantes, além do uso de máscaras.
A decisão tomada pela CLIA é voluntária. Quem estabelece os critérios sanitários para a retomada é a Anvisa e os cruzeiros só podem voltar a operar, caso os estados e municípios que fazem parte das operações logísticas dos navios, estejam de acordo com as exigências dos protocolos de segurança determinados pela agencia nacional.
*Com supervisão de Sheily Noleto.