A talassemia, identificada no teste do pezinho, exige cuidado imediato
Publicado em 10/05/2022 - 20:39 Por Eduardo Cupertino* - estagiário da Rádio Nacional - Brasília
O dia 8 de maio é marcado como o Dia Internacional da Talassemia. Segundo uma estimativa da Organização Mundial de Saúde, o Brasil possui cerca de mil pessoas com essa síndrome no nosso país. A talassemia é um tipo de anemia hereditária crônica, causada por uma falha genética, que se caracteriza pela redução ou ausência de hemoglobina, substância responsável pelo transporte de oxigênio para todo o corpo.
O portador de talassemia necessita de transfusões sanguíneas constantes, em geral realizadas a cada mês. O tratamento completo da síndrome é oferecido pelo Sistema Único de Saúde, como conta o Hematologista, Rodolfo Cançado: "A maioria desses pacientes são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, localizado nos hemocentros dos estados brasileiros. Então eles são acompanhados em centros de excelência, recebem a transfusão, a terapia quelante, e depois todo o acompanhamento de possíveis complicações. E acompanhamento também com endocrinologista, sobretudo associado sobre possíveis alterações e complicações pelo excesso de ferro no organismo.
Se não tratada, a talassemia atrapalha o desenvolvimento físico, aumento do baço, distúrbios cardíacos e endócrinos, além de infecções recorrentes.
A cura da doença pode ser realizada através do transplante de medula, de um doador que tenha os mesmos pais e tenha herdado a mesma tipagem genética.
O diagnóstico precoce da talassemia é fundamental para o início do tratamento desde os primeiros meses de vida. A investigação da síndrome já pode começar após alterações encontradas no teste do pezinho.
*Com supervisão de Raquel Mariano
Edição: Raquel Mariano / Beatriz Arcoverde