Mais uma vacina contra a covid-19 deve começar a ser testada em seres humanos nas próximas semanas. É a SpiN-TEC, desenvolvida pela unidade da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais e a UFMG, universidade federal naquele estado.
Os pesquisadores aguardam a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para o início dos testes clínicos. A ideia é utilizar o novo imunizante como dose de reforço, uma vez que a maior parte da população já foi vacinada com outras vacinas.
São duas fases de testes. Na primeira, os pesquisadores vão avaliar a segurança e possíveis efeitos colaterais. Já na segunda fase, será medido o nível de anticorpos gerados e a resposta dos linfócitos, fatores que, juntos, poderão garantir a proteção do organismo contra a infecção por covid.
Testes com a SpiN-TEC, realizados em animais de laboratório, apresentaram resultados bastante positivos. Foram avaliados fatores como temperatura, perda de peso, alterações sistêmicas ou locais, sem a ocorrência de efeitos colaterais dentro dos parâmetros avaliados. Além disso, os testes apontaram excelentes níveis de anticorpos, resposta de linfócitos T e proteção contra a infecção pelo Sars-CoV2 nos animais que receberam o imunizante.
Por ser menos sujeita às mutações do coronavírus, a SpiN-TEC poderá oferecer proteção também contra suas variantes. A vacina atua na produção de anticorpos e também no nível celular, ativando as células de defesa do organismo.