A Colômbia será o primeiro país da América do Sul, depois do Brasil, a implantar estratégia de controle vetorial do aedes aegypti, com tecnologia desenvolvida pelo Fiocruz Amazônia.
Chamado de Estações Disseminadoras, o método utiliza a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicidas. A estratégia reduz a infestação do mosquito e a disseminação do vírus pelo transmissor da dengue, zika e chikungunya em até 95%.
A tecnologia de baixo custo está sendo apresentada nesta quinta e sexta-feira no 2º Simpósio de Doenças Infecciosas do Caribe, na Universidade Cooperativa da Colômbia, na cidade de Santa Marta.
Durante uma semana, cinquenta agentes de saúde e estudantes universitários colombianos vão ser treinados na estratégia de controle para que sejam multiplicadores na sua região.
O método de combate ao aedes aegypti já foi testado e aprovado em 14 cidades brasileiras. Na Colômbia, Santa Marta será a segunda a receber. A primeira foi Letícia, na fronteira do Brasil, na Amazônia colombiana, com resultados comprovados na redução da infestação dos mosquitos.
Uma carta-acordo firmada entre a Fiocruz Amazônia e a Organização Pan-Americana de Saúde, no Brasil, com mediação do Ministério da Saúde, definiu as ferramentas de transferência tecnológica a serem utilizadas para a expansão da estratégia no país.