Rede Alyne busca diminuir mortalidade materno infantil
Os cuidados a gestantes, parturientes, puérperas e crianças vão ser intensificados. Foi lançada nesta quinta-feira (12), na cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a Rede Alyne, atualização da Rede Cegonha, mas que observa as desigualdades étnico-raciais e regionais das populações atendidas. Os investimentos do projeto chegam a R$ 4,850 bilhões, e vão beneficiar mais de 30 milhões de mulheres.
Durante o lançamento, o presidente Lula destacou os objetivos do novo programa.
“A gente quer proteger a mulher e sua família. É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne. É para que as mulheres quando ficarem grávidas sejam tratadas com decência, sejam tratadas com respeito, não falte médico para fazer o pré-natal, não falte médico ou médica para fazer o tratamento que for necessário fazer”.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também destacou a importância do projeto.
“Reduzir a mortalidade materno infantil é o nosso objetivo central. Garantir atenção humanizada e de qualidade à gestante, à parturiente, à puérpera, ao recém-nascido”.
O presidente Lula ressaltou ainda a relevância de um tratamento igualitário para todos.
“Nós não iremos criar uma sociedade civilizada, humanamente respeitável, se a gente não tratar das pessoas independentemente da cor, do berço em que nasceu, da religião”.
Alyne Pimentel Teixeira, que dá nome à Rede Alyne, foi uma mulher negra, pobre e grávida, moradora de Belford Roxo, que faleceu em 2002 após atendimento precário prestado pela rede de saúde do Rio de Janeiro.
O caso foi denunciado ao Comitê pela Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, organismo da ONU. Em 2011, o Brasil foi responsabilizado pela falha. O Estado brasileiro indenizou a família da vítima.
Durante o evento também foi inaugurado o Hospital Infantil Milene Isabelly Christovam.