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Saúde

Rede Alyne busca diminuir mortalidade materno infantil

Programa observa desigualdades étnico-raciais e regionais
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Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional
12/09/2024 - 15:50
Rio de Janeiro
Belford Roxo (RJ), 12/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de lançamento da Rede Alyne de Cuidado Integral a Gestantes e Bebês. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR

Os cuidados a gestantes, parturientes, puérperas e crianças vão ser intensificados. Foi lançada nesta quinta-feira (12), na cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a Rede Alyne, atualização da Rede Cegonha, mas que observa as desigualdades étnico-raciais e regionais das populações atendidas. Os investimentos do projeto chegam a R$ 4,850 bilhões, e vão beneficiar mais de 30 milhões de mulheres.

Durante o lançamento, o presidente Lula destacou os objetivos do novo programa.

“A gente quer proteger a mulher e sua família. É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne. É para que as mulheres quando ficarem grávidas sejam tratadas com decência, sejam tratadas com respeito, não falte médico para fazer o pré-natal, não falte médico ou médica para fazer o tratamento que for necessário fazer”.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também destacou a importância do projeto.

“Reduzir a mortalidade materno infantil é o nosso objetivo central. Garantir atenção humanizada e de qualidade à gestante, à parturiente, à puérpera, ao recém-nascido”.

O presidente Lula ressaltou ainda a relevância de um tratamento igualitário para todos.

“Nós não iremos criar uma sociedade civilizada, humanamente respeitável, se a gente não tratar das pessoas independentemente da cor, do berço em que nasceu, da religião”.

Alyne Pimentel Teixeira, que dá nome à Rede Alyne, foi uma mulher negra, pobre e grávida, moradora de Belford Roxo, que faleceu em 2002 após atendimento precário prestado pela rede de saúde do Rio de Janeiro.

O caso foi denunciado ao Comitê pela Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, organismo da ONU. Em 2011, o Brasil foi responsabilizado pela falha. O Estado brasileiro indenizou a família da vítima.

Durante o evento também foi inaugurado o Hospital Infantil Milene Isabelly Christovam.

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