MP apura se governo de RO fraudou leitos para manter plano de abertura

Vagas que nunca existiram e fila para UTI estão entre argumentos

Publicado em 27/01/2021 - 19:55 Por Gésio Passos - Brasília

O Ministério Público de Rondônia apura se houve fraude na divulgação da ocupação de leitos pelo Governo do Estado. O órgão investiga se a conduta poderia evitar medidas mais restritivas no combate a pandemia.

O inquérito civil público analisa se ocorria adulteração nos relatórios divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, podendo configurar crime de falsidade ideológica e improbidade administrativa, que pode ter contribuído para o agravamento da pandemia no estado.

De acordo com o MP, no último dia 6 de janeiro um relatório apontava a disponibilidade de 41 leitos de UTI. No dia 8, o número caiu para 20 leitos. Isso teria ocorrido com a inclusão indevida de 30 leitos do Hospital de Campanha da Zona Leste, que nunca estiveram disponíveis por falta de médicos.

Em outra ocasião, o relatório apresentava leitos disponíveis, mas 30 pacientes aguardavam na fila por uma vaga de UTI no estado. Isso evitaria que as cidades, como a capital Porto Velho, regredissem nas fases do plano de abertura de atividades durante a pandemia.

Em nota, o governo de Rondônia afirmou que os relatórios epidemiológicos retratam a dinâmica do momento de sua expedição, podendo variar durante o mesmo dia e até hora, de acordo com a internação, alta médica e óbito de pacientes.

Disse ainda que a metodologia de confecção dos relatórios foi sendo gradualmente aperfeiçoada para retratar de forma fidedigna a ocupação dos leitos.

O Governo do Estado ressaltou que a variação da taxa de ocupação de leitos dentro do mesmo dia não tem potencial de interferir na reclassificação das fases de retomada, já que é utilizada a média dos últimos 7 dias para definição da fase de cada cidade.

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