Ataques a ônibus no Rio prejudicam funcionamento de escolas e comércio
Os ataques ao transporte público do Rio de Janeiro, realizados por milicianos na segunda-feira continuaram causando inúmeros transtornos na rotina dos moradores da Zona Oeste ao longo desta terça.
Na rede municipal, 24 unidades escolares não abriram, mais de 10 mil alunos foram afetados. Já na Rede Estadual, nenhuma escola foi fechada, mas houve baixa adesão de alunos. As principais universidades públicas da região metropolitana do Rio optaram ou por suspender as aulas ou por abonar as faltas.
A área da saúde também foi prejudicada com o fechamento de 12 unidades na região de Santa Cruz. Outras 16 suspenderam as visitas domiciliares, por causa de barricadas colocadas nas ruas e ameaças aos profissionais. A estimativa é de que 7 mil pacientes ficaram sem atendimento. Forças de segurança foram acionadas para reforçar a proteção das unidades.
Os principais pontos de comércio do bairro de Campo Grande ficaram vazios e diversas lojas fecharam mais cedo por medo de novos ataques.
Um morador da zona oeste, que teve a identidade preservada, relatou que a rotina de medo e impactos é constante para quem vive na região e não apenas nesses momentos de violência extrema.
Ainda houve impactos nos serviços de transporte nessa terça. O sistema de trens ficou com várias estações que atendem a região oeste fechadas. Segundo a concessionária, houve necessidade de manutenção emergencial na via férrea. Parte do serviço foi normalizado no fim da tarde, mas as estações só reabriram para desembarque. Já no sistema BRT, de corredor rápido de ônibus, apenas a estação que tinha sido incendiada pelos criminosos permanecia fechada. A operação de ônibus comuns foi regularizada ao longo do dia.