O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou hoje (4) habeas corpus ao ex-diretor do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) Rogério Onofre. A decisão desta quarta-feira foi tomada pela 1ª Turma Especializada. Onofre foi denunciado por envolvimento em crimes apurados durante a Operação Ponto Final, que investiga o pagamento de propina de empresas de ônibus a políticos.
O advogado Jonas Lopes Neto explicou hoje (13), em depoimento perante o juiz federal Marcelo Brêtas, como era o esquema de propina envolvendo a Fetranspor e os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ele disse que R$ 450 mil eram divididos entre seis conselheiros, incluindo seu pai, que recebia R$ 70 mil. Cabiam a ele R$ 22,5 mil, referentes à comissão de 5% do valor total. Os R$ 7,5 mil restantes iam também para seu pai.
Em depoimento prestado hoje (21) à Justiça Federal, o ex-presidente do Tribunal de Contas Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes de Carvalho Júnior, afirmou que acertou o pagamento de uma mesada dos empresários de ônibus na casa do deputado Jorge Picciani (PMDB).
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da volta do empresário Jacob Barata Filho à prisão. Na manifestação, a procuradora defendeu a prisão de mais sete investigados na Operação Ponto Final, da Polícia Federal (PF), uma das fases de investigação oriunda da Lava Jato. A PF investiga um suposto esquema de fraudes em contratos do governo do Rio de Janeiro com empresas de transporte público.