Sem chuva, Unidos do Peruche abre segundo dia de desfiles no Anhembi
O segundo dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, começou sem chuva, por volta das 23h, com a apresentação da Unidos do Peruche. Nem mesmo a tempestade que atingiu a região do sambódromo antes do desfile atrapalhou, e a agremiação entrou sem atrasos, ao contrário da véspera, quando uma forte chuva estourou um transformador de energia e adiou a entrada das escolas em cerca de 2 horas.
Segundo a prefeitura, o público no Anhembi, no primeiro dia de desfile, chegou a 29 mil pessoas. Além da Unidos do Peruche, mais seis escolas se apresentam neste sábado (6) e madrugada de amanhã (7): Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Dragões da Real e X9-Paulistana.
De volta ao Grupo Especial este ano, a Unidos do Peruche faz uma homenagem aos 100 anos do samba, resgatando as raízes negras do ritmo. São lembrados ainda grandes expoentes do gênero, como Cartola, Adoniran Barbosa, Nelson Cavaquinho, Arlindo Cruz e Chico Buarque.
A Império de Casa Verde, segunda a desfilar, mostra as civilizações antigas e mitos de sociedades perdidas com o enredo Império dos Mistérios. A Acadêmicos do Tucuruvi traz a fé e o sincretismo religioso, incluído a cultura indígena, africana e católica.
A Mocidade Alegre retrata a ligação do samba com as religiões afrobrasileiras, aprensentando Xangô (justiça) e seu tambor, que ao longo da passagem da escola concede espaço para Oyá (senhora dos ventos), Oxumaré (riqueza), Omolú (senhor dos mistérios da vida e da morte) e Ogum (protetor dos guerreiros).
A campeão de 2015, a Vai-Vai, celebrará a França. São lembrados os grandes nomes franceses na moda, gastronomia e pensamento mundial. A influência do país europeu no Brasil aparece retratada nas diversas palavras de origem francesa que compõem o vocabulário nacional.
Com o tema inusitado Surpresa! Advinha o que Eu Trouxe Pra Você?, a Dragões da Real fala sobre presentes. Para encerrar, a X-9 Paulistana, que deve entrar na avenida às 5h deste domingo, fala sobre o açaí, fruto típico da Amazônia. O enredo começa com a lenda indígena sobre a descoberta da planta por uma tribo afligida (angustiada) por tempos de escassez. A história se desenvolve até o fruto ser levado como iguaria às mesas estrangeiras – dos Estados Unidos ao Japão.