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Com mistura de frevo e baião, Galo de Manaus deve atrair 100 mil foliões

Bianca Paiva – Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 28/02/2017 - 12:07
Manaus
Sombrinha de frevo (Divulgação)
© Divulgação

Vai ter frevo e vai ter baião juntos e misturados no carnaval de Manaus. Os pernambucanos saudosos da sua terrinha natal e os manauaras que curtem os dois ritmos vão poder se divertir, hoje (28), no bloco Galo de Manaus, a partir das 14h, na Avenida das Torres. Com o tema o “Baião Frevô”, a festa vai homenagear Luiz Gonzaga, um dos grandes nomes da música popular brasileira.

“É um pernambucano que fez muito pela cultura do povo nordestino e pelo Brasil. É um ícone da cultura nacional, respeitadíssimo. A ideia é essa: a cultura pernambucana do baião do Luiz Gonzaga que contagiou o Brasil inteiro assim como a cultura do frevo. A gente está unindo as duas culturas no carnaval”, explicou o produtor do bloco, Théo Alves.

O repertório de Luiz Gonzaga será tocado por todas as bandas convidadas pelo bloco, além da Banda e da Orquestra de Frevo oficiais do Galo de Manaus. “A gente vai executar as músicas de Luiz Gonzaga, uma parte delas em baião e outra parte em frevo, tocada com sanfona. As apresentações vão ser diversas e com um repertório bem grande do Luiz Gonzaga. Todas as bandas vão tocar pelo menos uma dele, mas uma em especial, que é a “Mão pra Riba”, vai trazer duas horas de homenagem tocando, exclusivamente, músicas de Luiz Gonzaga, parte em ritmo de frevo, parte em ritmo de baião. Essa vai ser nossa homenagem”, disse Alves.

O grupo de dança Artes sem Fronteiras, que faz parte de um projeto social, promete fazer o público dançar frevo no Galo de Manaus. Os 20 dançarinos também vão apresentar passos do baião.

O Galo de Manaus atrai muitos pernambucanos que moram na cidade. É o caso do biólogo Wellington Costa, que chegou na capital amazonense em 1984 e frequenta o bloco há mais de 10 anos. Para ele, a festa é uma forma de matar a saudade da cultura de seu estado.

“Desde 2005 eu comecei a participar do Galo, que iniciou em 2004. Na época me disseram que tinha começado um 'negócio' de frevo no carnaval. Depois encontrei um amigo pernambucano que me falou que uns pernambucanos inventaram um caminhão e colocaram um punhado de gente atrás só tocando frevo e puseram até o nome de Galo de Manaus. E foi ficando. Achei legal e comecei a conhecer a turma”, contou Costa.

O Galo de Manaus foi criado em 2004 por pernambucanos que vieram trabalhar no distrito industrial da cidade e foi inspirado no Galo da Madrugada, de Recife, considerado o maior bloco do mundo. A primeira festa na capital amazonense reuniu cerca de 150 brincantes e atualmente atrai um público de, pelo menos, 100 mil pessoas. A participação no Galo de Manaus é gratuita.