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Primeiras fotografias de Cartier-Bresson estão em exposição na capital paulista

As imagens mostram as influências do surrealismo e do humanismo no
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 21/04/2017 - 17:25
São Paulo
Exposição de primeiras fotografias de Cartier-Bresson na Fiesp. MEXICO. Mexico City. Calle Cuauhtemoctzin. 1934.
© © Henri Cartier Bresson/Magnum Photos/Direitos Reservados
MEXICO. Mexico City. Prostituées. Calle Cuauhtemoctzin. 1934.

Exposição das primeiras fotografias de Henri Cartier-Bresson está em cartaz no Centro Cultural da Fiesp. Foto acima foi tirada na Cidade do México, Calle Cuauhtemoctzin, em 1934© Henri Cartier Bresson/Magnum Photos/Direitos Reservados

A exposição Henri Cartier-Bresson, primeiras fotografias está em cartaz na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, na capital paulista, até o dia 25 de junho, com 58 trabalhos do início da carreira de um dos mais influentes fotógrafos do século 20. As imagens mostram as influências do surrealismo e do humanismo no olhar de Bresson e são fruto de seus quatro primeiros anos de trabalho.

“Henri Cartier-Bresson é um dos mais importantes e influentes fotógrafos do século 20, mas nessa mostra podemos perceber um outro momento dele, o percurso de um jovem fotógrafo durante um período de intensa liberdade e compromisso pelo acaso”, disse o curador da mostra, João Kulcsár.

Com 24 anos de idade, em 1932, o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004) adquiriu na cidade de Marselha uma câmera Leica, que transformou seu interesse pela fotografia. Nos três anos seguintes, ele ficou conhecido pela criação de uma das mais originais e influentes narrativas visuais da história.

De acordo com a curadoria, mesmo que, na época da produção desses trabalhos, Cartier-Bresson ainda não tivesse desenvolvido o conceito que viria a influenciar fotógrafos do mundo todo, já é possível perceber sua preocupação em capturar momentos únicos, sob a óptica da pintura.

“Sempre consternado com muitas questões que pudessem tornar a fotografia de certa forma harmoniosa, ele se empenhava em difundir um senso de geometria ímpar, que o seguiu em suas produções posteriores. Seu trabalho fotográfico exercitou a liberdade e o instinto impulsivo do olhar, presentes, acima de tudo, em seu jeito de pensar, falar, sentir e viver intensamente”, disse Kulcsár.

A mostra tem entrada gratuita e fica em cartaz até 25 de junho na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, 1313.