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Direitos Humanos

MST faz ato por morte de trabalhadores e pede fim da violência no campo

Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 09/04/2016 - 17:12
Porto Alegre
Após morte de dois trabalhadores rurais em Quedas do Iguaçu, no Paraná, o Movimento dos Trabalhadores Rurais promoveu um ato pedindo o fim da violência no campo e cobrando justiça
© Divulgação/MST
Após morte de dois trabalhadores rurais em Quedas do Iguaçu, no Paraná, o Movimento dos Trabalhadores Rurais promoveu um ato pedindo o fim da violência no campo e cobrando justiça

Quedas do Iguaçu – Após morte de dois trabalhadores rurais o MST promoveu um ato pedindo o fim da violência no campo e cobrando justiçaDivulgação/MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu hoje (9) um ato em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, para protestar pelas mortes de dois integrantes do movimento em um confronto com a Polícia Militar (PM) paranaense, na última quinta-feira (7). O ato começou por volta das 10h da manhã de hoje (9) e se estendeu até as 14h. Durante o protesto, além de cobrar a punição dos responsáveis pelas mortes, os manifestantes pediram o fim da violência policial contra militantes do MST.

Caixões pretos simbolizavam trabalhadores rurais mortos em conflito no campo

Quedas do Iguaçu – Caixões pretos simbolizavam trabalhadores rurais mortos em conflito no campoDivulgação/MST

O protesto foi acompanhado por um policiamento reforçado. Cerca de 20 viaturas do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram deslocadas para o município. A PM não registrou nenhum incidente durante o ato.

Segundo o movimento, cerca de 6 mil pessoas participaram do ato em solidariedade às vítimas, que contou com delegações de militantes do MST de outras regiões do Paraná e de outros estados. Segundo a PM, o número de participantes foi de 1,5 mil pessoas.

Investigação

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou à Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar a morte dos camponeses. A Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná também investigam o caso.

As duas pessoas que morreram são os trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos. Ambos eram do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na fazenda da empresa de celulose Araupel. Além das mortes, sete pessoas ficaram feridas; cinco já receberam alta do hospital.

Segundo o Instituto Médico-Legal, os corpos das vítimas foram liberados ontem (8). Bordim foi enterrado hoje cedo, no município de Três Barras do Paraná. Em Francisco Beltrão, também pela manhã, foi enterrado o corpo de Bhorbak.