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Direitos Humanos

Carnaval: Rio tem mais de 2 mil chamadas sobre violência contra a mulher

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/03/2017 - 15:22
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Foliões no Multibloco, no Rio de Janeiro (Vitor Abdala/Agência Brasil)
© Vitor Abdala/Agência Brasil

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro divulgou hoje (2) balanço das ocorrências no carnaval. Segundo a assessoria de imprensa, das 8h de sábado (24) até as 8h da Quarta-Feira de Cinzas (1º), foram atendidas 15.943 solicitações por meio do telefone 190, das quais 2.154 foram para atender a ocorrências de violência contra mulher, representando 14% das chamadas no período.

No Rio de Janeiro, mulheres que faziam a distribuição do material de campanha Carnaval sem Preconceito, da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro (Caarj), relataram ter sofrido assédio e agressões em blocos da capital fluminense.

No Recife, uma campanha nas redes sociais alertou contra o assédio no carnaval. Pequeno Manual Prático de Como Não ser um Babaca no Carnaval foi o nome campanha da prefeitura do Recife contra o assédio a mulheres nos festejos de Momo. Este foi o segundo ano consecutivo da campanha, que usou gírias regionais e ironia para indicar casos em que o assédio é configurado.

Em Belo Horizonte, mulheres que integram diversos blocos de rua do carnaval da cidade lançaram a campanha Tira a Mão: é Hora de Dar um Basta. O objetivo era combater o assédio durante a folia.

Pelo segundo ano consecutivo, a revista AzMina lançou a campanha #Carnavalsemassédio. Neste carnaval, o tema foi #UmaMinaAjudaAOutra, que estimula a mulher a ficar atenta caso veja que alguma outra está sofrendo assédio. No ano passado, o público-alvo da campanha foram os homens, com o lançamento do Guia Prático e Didático da Diferença entre Paquera e Assédio.

Outras ocorrências

Durante o carnaval, de acordo com o balanço da PM do Rio de Janeiro, foram presas 298 pessoas, sendo 18 com mandados de prisão. Além disso, 72 menores foram apreendidos.

Casos de perturbação do sossego e do trabalho alheio totalizaram 1.923 chamadas, representando 12% do total dos acionamentos por meio do 190.