logo Agência Brasil
Economia

Taxas de ocupação e desocupação crescem em 2013, divulga IBGE

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/09/2014 - 10:14
Rio de Janeiro

O percentual de pessoas que trabalham cresceu 0,6% em 2013, em relação a 2012, enquanto a população desocupada em busca de emprego aumentou 7,2%, divulgou hoje (18) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Com a alta, a taxa de desocupação aumentou pela primeira vez, desde 2009, de 6,1% para 6,5%.

Em números absolutos, o crescimento da população que trabalha foi maior, apesar da diferença em pontos percentuais, já que, no país, há cerca de 95,3 milhões de pessoas ocupadas e 6,7 milhões de pessoas desocupadas procurando trabalho. O contingente de ocupados cresceu algo em torno de 562 mil pessoas, enquanto o de desocupados, por volta de 450 mil.

Número de desempregados é o menor desde 2002

Pesquisa do IBGE mostra crescimento no número de pessoas em busca de empregoImagem de Arquivo/Agência Brasil

"A gente vê que, embora tenha ocorrido um aumento da população ocupada, com mais pessoas trabalhando, houve uma pressão grande no mercado de trabalho de pessoas se inserindo e procurando trabalho, o que fez com que a taxa de desocupação apresentasse um aumento em relação ao ano anterior", disse Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.

À exceção do Norte, em que houve queda de 0,8%, todas as regiões brasileiras apresentaram aumento do contingente de pessoas que trabalham, sendo o maior de 1,2%, no Nordeste. Quase metade do total nacional, o contingente do Sudeste cresceu 0,4%, menos do que o Centro-Oeste (0,5%)  e o Sul (0,9%), única região brasileira em que o total de desocupados procurando trabalho caiu (-2,2%).

No Norte, houve uma elevação do contingente de pessoas sem trabalho em 17,2%, com um acréscimo de cerca de 86 mil. Em números absolutos, a maior alta foi a do Sudeste, com mais 211 mil desocupados, o que correspondeu percentualmente a 7,8%.

A população em idade ativa do Brasil, com mais de 15 anos, foi estimada em 156,6 milhões de pessoas, das quais 102,5 milhões integrantes da população economicamente ativa (65,5%), grupo em que estão incluídos os ocupados e os desocupados procurando trabalho. Os outros 54,1 milhões (34,5%) são a população não economicamente ativa, grupo que não trabalha nem procura emprego. De 2012 para 2013, o total em idade ativa cresceu 1,6%, com um aumento de 2,9% da população não economicamente ativa (PEA) e um de 1% da economicamente ativa (PNEA).

indústria

Nordeste é a região onde se concentra o menor percentual da população economicamente ativa do paísArquivo/Agência Brasil

O menor percentual da população economicamente ativa em relação ao total está no Nordeste, onde a taxa de atividade foi estável, entre 2012 e 2013, em 62,7%. No Sul, que possui a maior taxa de atividade, houve uma oscilação de 68,9% para 68,5%. Entre a PEA, o Nordeste também possui a maior taxa de desocupação, que cresceu de 7,6% para 8%. A menor foi a do Sul, com queda de 4,2% para 4%.

Entre as pessoas desocupadas, caiu em um ponto percentual o número de mulheres, que chegou a 56,9%. Os pretos e pardos – como são caracterizados pela Pnad - representavam 60,6% dessa população em 2013, mais do que os 59,9%, em 2012. Cresceu, também, o número de pessoas que estão procurando o primeiro emprego, de 30,5% para 31,3%. A Pnad apurou, ainda, queda no percentual de desocupados que não concluíram o ensino médio, de 53,2% para 50,8%. O mesmo ocorreu entre jovens de 18 a 24 anos que apresentou uma variação de 34,6% para 32,6%.