Três Marias reduz geração por causa do nível do reservatório

Publicado em 13/10/2014 - 19:34 Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O volume útil de água do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais, está em 4,1% de sua capacidade máxima. Em outubro do ano passado, o volume estava em 24,86%. Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), concessionária que administra Três Marias, das seis turbinas da usina, duas estão em operação. Mas a empresa garante que a hidrelétrica continuará gerando energia até que o volume útil chegue a zero, caso isso aconteça.

O volume útil é a quantidade de água do reservatório que é usada para a geração de energia. A vazão defluente, que é a quantidade de água liberada na represa para a geração de energia, passou de 161 metros cúbicos por segundo para 140 metros cúbicos no último mês.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, avalia que a geração de energia na hidrelétrica está comprometida. Segundo ele, deverá ser estabelecido um cronograma de redução da vazão da usina até o fim do ano, na expectativa do período chuvoso. “Para impedir que o volume útil chegue completamente a zero, a ideia é diminuir a vazão mais ainda”, disse. A decisão é tomada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Águas (ANA).

Na avaliação de Miranda, a geração de energia deve ser suspensa se o volume útil do reservatório chegar a 2%, para evitar, inclusive, problemas nas turbinas da usina. “Em termos de geração de energia, a usina não é determinante, mas é um percentual importante de energia que tem de ser substituído por outras fontes, como a termelétrica”, disse.

A Usina Hidrelétrica de Três Marias está localizada no município mineiro que tem o mesmo nome. A barragem fica no leito do Rio São Francisco, que enfrenta um período de estiagem por causa da falta de chuvas. A capacidade total de geração de energia é 396 megawatts. A Cemig não informou quanto de energia está sendo gerada atualmente.

Edição: Aécio Amado

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