Dólar fecha em alta de 2,39%, cotado a R$ 3,129

Cotação é a mais alta desde junho de 2004

Publicado em 09/03/2015 - 20:03 Por Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília


Depois de uma valorização de 7,02% na semana passada, subindo pelo menos 1% cada dia, o dólar comercial teve alta mais expressiva hoje (9), de 2,39%, a maior desde 30 de janeiro (2,96%), e fechou cotado em R$ 3,129. O valor da moeda norte-americana é o mais alto desde 2 de junho de 2004, quando estava cotada em R$ 3,134.

O dólar superou o patamar de R$ 3 na quinta-feira (5) e, na sexta, encerrou a semana valendo R$ 3,056. Hoje, começou a ser negociado a R$ 3,08, chegou à máxima de R$ 3,133, e fechou em R$ 3,129. Foi o sexto fechamento seguido com alta. Desde 1º de janeiro, a moeda norte-americana acumula alta de 17,72%.

O euro, que também vinha se desvalorizando em relação ao dólar nos últimos dias, manteve-se estável no patamar de sexta-feira, quando também valia US$ 1,08. A estabilidade se deu porque o Banco Central Europeu (BCE) iniciou a compra de grandes quantidades de dívida pública da zona do euro.

A valorização do dólar em relação a várias moedas teve maior impacto depois da divulgação de dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos. Em janeiro, as encomendas de bens duráveis (como automóveis e eletrodomésticos) subiram naquele país, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda.

O aumento do consumo nos Estados Unidos reforça as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), em breve, aumente os juros da maior economia do planeta. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes como o Brasil, pressionando o dólar para cima. As dúvidas sobre o ajuste fiscal no país, depois que o Congresso devolveu ao governo a medida provisória que listava as medidas necessárias, também criaram mais instabilidade sobre o real na semana passada.

 

*Matéria alterada às 22h18 para correção de informação. A cotação de hoje do dólar é a mais alta desde junho de 2004, e não de 2014

Edição: Jorge Wamburg

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