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Economia

Brasília e São Paulo têm as cestas básicas mais caras do país, diz Dieese

Na capital federal, a cesta subiu para R$ 451,76 em janeiro e, em São
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/02/2016 - 15:10
São Paulo
Brasília participa do Dia Nacional de Coleta de Alimentos. Na ação, voluntários recebem doações em supermercados de 60 cidades do País (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Para comprar os itens que compõem a cesta básica, os consumidores estão pagando mais caro em 27 capitais, revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desde janeiro, o levantamento, que era feito em 18 cidades, inclui mais nove capitais: Cuiabá, Palmas, Maceió, São Luis, Teresina, Macapá, Rio Branco, Porto Velho e Boa Vista.

Em janeiro, Goiânia teve o maior reajuste médio (15,75%) sobre o conjunto de 13 produtos que compõem a cesta: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. O valor da cesta na capital goiana, R$ 388,45, ficou abaixo apenas do de Brasília (R$ 451,76), onde o aumento foi de 13,32%, e do de São Paulo, que ficou em R$ 448,31, 7,22% acima do de dezembro.

Em seguida, ficaram o Rio de Janeiro, com a cesta custando R$ 448,06, com alta de 12,6%, e Vitória, com valor de R$ 438,42 e alta de 12,7% em relação à de dezembro. Em Belo Horizonte, houve aumento de 12,75% e o valor atingiu R$ 417,72.

Curitiba registrou o menor percentual de reajuste (1,71%), com a cesta básica passando a custar R$ 398,46. Em seguida, ficaram Porto Alegre, com aumento de  1,94% e custo de R$ 432,64; Florianópolis, alta de 3,1% e valor R$ 437,24; e Recife, com a cesta 3,18% mais cara, saindo por R$ 344,47. Os valores mais baixos foram registrados em Natal (R$ 329,20), com alta de 5,36%; Maceió (R$ 337,32), com aumento de 3,97%; e Rio Branco (R$ 341,53) e cesta 9,83% mais cara.

O Dieese considera ideal para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas um salário mínimo de R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes mais do que o valor atualmente em vigor (R$ 880). Em dezembro, o Dieese considerava ideal o valor de R$ 3.565,30, ou 4,52 vezes mais do que o mínimo em vigor, naquele período (R$ 788,00).

Feijão e tomate mais caros

Planaltina/DF - Estrangeiros conhecem experiência brasileira de distribuição de alimentos, desenvolvidas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O tomate foi um dos produtos que mais encareceram em Janeiro, segundo o DieeseAntonio Cruz/Agência Brasil

Entre os produtos que mais subiram de preço estão o feijão, o tomate, o óleo de soja, o açúcar, a banana, a carne a batata. A carne teve elevação em 20 capitais, com destaque para Aracaju (7,64%); Brasília (7,5%); Goiânia (6,26%) e Salvador (5,64%). A batata ficou mais cara em 10 localidades e as maiores correções ocorreram em Goiânia (37,61%); Brasília (27,56%) e campo Grande (23,22%).

Já o feijão encareceu em 26 cidades, com destaque para Belém (20,43%).De acordo com a análise técnica do Dieese, fatores climáticos, como a seca no Centro-oeste e as fortes chuvas no Sul e Sudeste, afetaram a produção da leguminosa.”Mesmo com a entrada da safra, o feijão está escasso para o consumo interno”, diz a nota técnica.