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Economia

Bolívia quer vender excedente de gás da Petrobras para outros mercados no Brasil

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/02/2017 - 18:51
Brasília
Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez Fernández, disse hoje (15) que o excedente de gás do país que não está sendo consumido atualmente pela Petrobras poderá ser negociado com novos clientes no Brasil. Após reunião com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, Fernández disse que a Bolívia quer negociar a venda de gás para outros mercados, como por exemplo, as termelétricas.

Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras reduziu demanda por gás natural da BolíviaTânia Rêgo/Agência Brasil

“Até 15 de março, a Petrobras vai nos dar uma projeção e, a partir dessa projeção, teremos a definição de outros mercados”, disse. Segundo o ministro boliviano, historicamente a Petrobras importa entre 28 milhões e 30 milhões de metros cúbicos (m³) de gás da Bolívia por dia, mas atualmente esse volume está em 15 milhões de m³/dia. “Em função dessa projeção, eu teria a capacidade de entregar outros volumes, fundamentalmente para empresas brasileiras”, disse.

Fernández não adiantou, no entanto, como será feito o acordo financeiro com a Petrobras se a estatal brasileira passar a receber menos gás da Bolívia. “Dentro dessa negociação, desses acordos, vamos tocar nesse tema, e ficará mais claro a partir de março.”

Segundo a Petrobras, a importação atual de gás da empresa Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) está em cerca de 45% do volume máximo diário. “A queda na importação reflete a redução conjuntural da demanda brasileira termelétrica e do mercado industrial, somada ao aumento da oferta de gás nacional, e está de acordo com as obrigações e direitos da Petrobras em seus contratos”, informou a estatal.

O Ministério de Minas e Energia disse que não vai se opor à venda do excedente de gás da Bolívia e vai dar todo o suporte necessário para a negociação com os agentes privados.