Reino Unido apoia pedido do Brasil para integrar OCDE, diz ministro
O Brasil conta com o apoio do governo britânico para juntar-se à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo dos países mais industrializados. A afirmação é do ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, que se reuniu hoje (31) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“Acolho o pedido do Brasil de fazer parte da OCDE”, disse Hammond em pronunciamento conjunto com Meirelles. O ministro britânico também anunciou que dispõe de 80 milhões de libras (R$ 329 milhões) para oferecer ao Brasil em projetos de redução da pobreza.
De acordo com Hammond, o Reino Unido é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil e está interessado em fechar acordos comerciais bilaterais com parceiros tradicionais depois que o país sair da União Europeia. Esse foi o segundo encontro entre os ministros da área econômica do Brasil e do Reino Unido, que também tratou de investimentos em infraestrutura, serviços financeiros e melhorias do ambiente de negócios. O primeiro encontro bilateral entre Brasil e Reino Unido ocorreu em 2015, em Londres.
O ministro britânico disse apoiar a abertura da economia brasileira e as medidas de reforma microeconômica (para reduzir a burocracia) que, segundo ele, aprimorarão a abertura de negócios no país. Hammond anunciou que o governo britânico está disposto a oferecer linhas de crédito para impulsionar projetos ambientais no país.
Destacando que o Reino Unido é um importante parceiro do Brasil, Meirelles disse que a recuperação da economia brasileira abre espaço para investimentos nas concessões de infraestrutura que serão leiloadas no segundo semestre, como energia, óleo e gás. “Fizemos uma reunião bastante produtiva. Discutimos uma série de assuntos relevantes não só para economia brasileira mas, particularmente, para relação bilateral”, disse o ministro da Fazenda.
De acordo com Meirelles, os dois ministros também discutiram a troca de informações tributárias entre cidadãos brasileiros e britânicos, seguros, resseguros, finanças verdes (linhas de crédito para projetos ambientais) e intercâmbio tecnológico para aprimorar serviços financeiros.