Leilão de usinas da Cemig vai aumentar eficiência, diz ministro da Fazenda

Publicado em 27/09/2017 - 14:34 Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Representantes do Consórcio Engie comemoram vitória em leilão de uma das usinas da Cemig

Representantes do Consórcio Engie comemoram vitória em leilão de uma das usinas da CemigReuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados 

As concessões das quatro usinas hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), leiloadas hoje (27), vão gerar mais investimentos, com maior eficiência para a população, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

“Outros leilões vão ocorrer nos próximos meses dentro do plano de concessões que irá modernizar os serviços no país”, disse o ministro pelo Twitter após o resultado do leilão. “A retomada da economia começa a dar frutos também ao criar ambiente para a atração dos investimentos estrangeiros”, destacou.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou a participação de grupos internacionais no leilão, o que, segundo ele, “demonstra confiança na economia do país”. Também por meio do Twitter, Oliveira acrescentou que o “resultado do leilão reforça que governo tem adotado projeções seguras a respeito das receitas”.

Usina de São Simão

Usina Hidrelética de São Simão, operada pela Cemig Divulgação /Cemig

O governo federal arrecadou R$ 12,1 bilhões com o leilão das usinas da Cemig. O primeiro lote, da hidrelétrica de São Simão, em Goiás e Minas Gerais, foi arrematado pelo grupo chinês Spic Pacif Energy PTY, única proposta oferecida, por R$ 7,18 bilhões, com ágio de 6,51%. Venceu a disputa pelo segundo lote, referente à hidrelétrica Jaguara, em Minas Gerais e São Paulo, o Consórcio Engie Brasil Minas Geração, por R$ 2,17 bilhões, ágio de 13,59%. O Consórcio Engie também arrematou o terceiro lote, da hidrelétrica de Miranda, em Minas Gerais, por R$ 1,36 bilhão, ágio de 22,42%.

O último lote, de Volta Grande, em Minas Gerais e São Paulo, foi arrematado pela Enel Brasil S.A., com ágio de 9,84% e valor de R$ 1,4 bilhão. Todos os contratos têm prazo de 30 anos.

O montante arrecadado será usado pelo governo para tentar fechar as contas deste ano, com o déficit previsto de R$ 159 bilhões.

Disputa

O processo de leilão das usinas tem sido marcado por disputas envolvendo a Cemig e o governo. As concessões das hidrelétricas serão encerradas este ano, mas, para o governo estadual, os contratos em vigor preveem a renovação automática. Em agosto, o governo de Minas Gerais e a Cemig lançaram uma campanha virtual contra o leilão das hidrelétricas São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande. Sob o slogan Mexeu com Minas, mexeu comigo, a iniciativa convidava os mineiros a se engajarem na disputa para que a Cemig pudesse renovar as concessões de suas usinas.

 

Edição: Luana Lourenço

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