Sem reforma, 80% do Orçamento irão para a Previdência em 10 anos, diz Meirelles


Para Henrique Meirelles, debate sobre a Previdência não pode mais ser adiado
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (22) que vê possibilidades concretas de aprovação da reforma da Previdência. Após participar de reunião no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que o debate não pode mais ser adiado.
"Caso a reforma previdenciária não seja aprovada, em dez anos, 80% do Orçamento da União será ocupado apenas com o pagamento da Previdência. E esse percentual vai seguir subindo nos anos seguintes até que não haverá mais recursos para segurança, educação, saúde", destacou Meirelles.
De acordo com o ministro, a proposta original foi alterada no Congresso, com a retirada de pontos polêmicos, entre eles o tempo mínimo de contribuição.
"O tempo mínimo de contribuição na proposta original era de 25 anos. Agora, vai passar para 15. Porém, quem contribuir por 15 anos e atingir a idade mínima receberá 60% do teto da aposentadoria", acrescentou.
Segundo Henrique Meirelles, com os ajustes na reforma da Previdência haverá uma economia aos cofres públicos de 60% do que era previsto na proposta original do governo. Conforme o ministiro, o montante a ser economizado em dez anos seria R$ 780 bilhões.
O tema reforma da Previdência será novamente debatido nesta quarta-feira à noite, durante jantar no Palácio da Alvorada, reunindo o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). o ministro Henrique Meirelles, governadores e paralamentares da base aliado do governo.
* Com informações do Radiojornalismo
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