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Economia

Petrobras diz que teste no Campo de Mero aponta para grande resultado

Os dados de alta qualidade reduziram as incertezas sobre reservatório
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/10/2018 - 17:04
Rio de Janeiro

O teste de longa duração (TLD) no Campo de Mero, no bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, foi concluído pela Petrobras, apontando para “um grande resultado em águas ultraprofundas”.

Segundo a Petrobras, os resultados tecnológicos alcançados no período “foram fundamentais para obter dados de alta qualidade e reduzir as incertezas sobre o reservatório, o que permitirá a implantação acelerada de até quatro sistemas definitivos de produção em Libra nos próximos anos”.

Plataforma FPSO Cidade de Itaguaí é um navio petroleiro adaptado - Foto André Motta/Petrobras
Plataforma FPSO é um navio petroleiro adaptado - André Motta/Petrobras/Direitos reservados

A produção, operada pelo Consórcio de Libra, começou em novembro de 2017, foi realizada pelo navio plataforma FPSO [embarcação que produz, armazena e transfere petróleo] Pioneiro de Libra, a primeira unidade da Petrobras dedicada a testes de longa duração equipada para injetar o gás produzido.

Segundo a estatal, durante os testes, finalizados ontem (2), o poço produtor interligado à plataforma atingiu a produção de 58 mil barris de óleo equivalente por dia.

A estatal informou que cada sistema terá capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia. As tecnologias contribuirão também para o desenvolvimento seguro e eficiente dos próximos projetos da indústria mundial de petróleo e gás em águas ultraprofundas.

De acordo com a Petrobras, Libra é um dos maiores projetos de produção de óleo e gás já desenvolvidos pela indústria offshore mundial. “A área apresenta reservatórios que estão entre os mais produtivos do país, com colunas de petróleo que alcançam até 400 metros de espessura – o equivalente à altura do Pão de Açúcar”.

O Consórcio de Libra é liderado pela Petrobras, com 40% de participação, em parceria com a Shell (20%); Total (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo - PPSA, que exerce o papel de gestora do contrato.