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Economia

Goldfajn diz que fica no Banco Central até março

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/11/2018 - 11:41
Brasília
O Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, durante a abertura do 1º Seminário Sistema BacenJud 2.0: Desafios e Perspectivas.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, fica no cargo até março do próximo ano. Ele disse hoje (28), em Brasília, que a sabatina no Senado do indicado pelo próximo governo para o cargo de presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve ocorrer em fevereiro.

“Estou imaginado a sabatina ocorrendo ao longo de fevereiro e essa transição ocorre até março”, disse, ao apresentar dados sobre a Agenda BC+ (formada por medidas para tornar o crédito mais barato, aumentar a educação financeira, modernizar a legislação e tornar o sistema financeiro mais eficiente). Ele acrescentou que a atual diretoria do BC deve permanecer ao longo dessa transição.

 O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, dá entrevista coletiva sobre a condução da política monetária.
Ilan Goldfajn disse que fica  no Banco Central até março     (Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Questionado sobre o motivo de não ter aceitado o convite para permanecer no cargo no próximo governo, Goldfajn destacou que as razões são pessoais.

“Se eu posso me estender mais [sobre os motivos de não permanecer no cargo]? Não. As razões são pessoais. Estou satisfeito com o trabalho. Vejo com bons olhos o novo governo, as medidas que estão sendo anunciadas”, disse.

Para assumir o cargo de presidente do Banco Central, Campos Neto precisa ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ter seu nome aprovado. O plenário da Casa também precisa referendar a indicação. O cargo de presidente do Banco Central tem status de ministro.

Perguntado se o Conselho Monetária Nacional (CMN) vai ficar desestruturado com a junção dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio como definiu o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Goldfajn disse que o novo governo certamente vai se manifestar sobre o assunto. “Não cabe ao Banco Central se manifestar sobre uma decisão futura que esse novo governo vai ter que se manifestar em relação à mudança ministerial”, disse. Atualmente, o CMN é formado pelo presidente do BC e os ministros da Fazenda e do Planejamento.

*Matéria atualizada às 12h12 para acréscimo de informações.