Vale tem lucro de US$ 1,65 bilhão no terceiro trimestre

Publicado em 25/10/2019 - 10:46 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A mineradora Vale teve lucro líquido de US$ 1,654 bilhão no terceiro trimestre de 2019, após um prejuízo de US$ 133 milhões no trimestre anterior. A receita operacional líquida chegou a US$ 10,2 bilhões e a dívida líquida ficou em US$ 5,3 bilhões. Os dados foram divulgados no Rio de Janeiro.
 
Segundo a empresa, o prejuízo acumulado nos três primeiros trimestres do ano soma US$ 121 milhões, influenciado principalmente pelas provisões e despesas decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho, que totalizaram US$ 6,3 bilhões. No terceiro trimestre, as despesas da Vale com Brumadinho foram de US$ 255 milhões.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou hoje (19) que encontrou o corpo de mais uma vítima do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Tragédia de  Brumadinho matou 250 pessoas. Outras 20 estão desaparecidas    (Arquivo/Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)

Com isso, o Ebitda pro-forma, com a exclusão das despesas relacionadas a Brumadinho, somou US$ 4,8 bilhões no período, US$ 198 milhões acima do trimestre anterior. Ebitda é a sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Metais básicos

Por segmento, o Ebtida de ferrosos fechou o terceiro trimestre em US$ 4,6 bilhões e o de metais básicos em US$ 555 milhões.

O segmento de carvão ficou com Ebtida negativo em US$ 172 milhões. A venda de minério de ferro e pelotas atingiu 85,1 milhões de toneladas, 20,2% a mais do que no segundo trimestre.
 
Sobre as ações em Brumadinho, após o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro deste ano, que deixou, até o momento, 250 mortos e 20 desaparecidos, a Vale informou que já foram pagos aproximadamente R$ 2,25 bilhões em acordos para indenizações civis e trabalhistas, a título de “compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos”.
 
Segundo a empresa, nove barragens de rejeitos estão sendo descaracterizadas ou reforçadas, com prazos para conclusão que variam do início de 2020 até o final de 2022.

Edição: Kleber Sampaio

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