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Educação

MEC diz que não cortará recursos de universidades se houver contingenciamento

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/02/2018 - 14:16
Brasília
Brasília - A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, durante debate sobre os desafios de implantação da reforma do ensino médio no país, na Confederação Nacional da Indústria (Marcelo Camargo
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília - A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, durante debate sobre os desafios de implantação da reforma do ensino médio no país, na Confederação Nacional da

A ministra interina da Educação, Maria Helena GuimarãesMarcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra interina da Educação, Maria Helena Guimarães, afirmou hoje (1º), que o orçamento das universidades, institutos federais e hospitais universitários não sofrerá cortes, mesmo que haja contingenciamento de recursos.

"Certamente não teremos corte nessas áreas porque são redes diretamente geridas pelo MEC [Ministério da Educação], que dependem do nosso orçamento para a folha de pagamento, custeio e tudo mais", disse a ministra.

Nesta terça-feira (30), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que a decisão sobre contingenciamento de gastos públicos no Orçamento de 2018 será tomada até amanhã (2). Em 2017, foram inicialmente contingenciados R$ 44,9 bilhões. Ao longo do ano, parte foi liberada e cerca de R$ 20 bilhões permaneceram contingenciados.

Com isso, o governo fechou o ano com déficit de R$ 124,4 bilhões, consideravelmente abaixo da meta de R$ 159 bilhões.

No ano passado, as universidades federais enfrentaram crise, com falta de verba e retenção da verba de custeio, usada para a manutenção das instituições de ensino. Apenas em novembro, o MEC liberou 100% da verba destinada a esse fim. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, despesas compulsórias como contas de luz, água e comunicação chegaram a ser deixadas de lado. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) reduziu à metade o quadro de pessoal terceirizado.

Neste ano, disse a ministra à Agência Brasil, "ninguém vai mexer nisso". Segundo Maria Helena, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, até o momento, não sinalizou que haverá cortes em educação, e ela espera que a pasta seja poupada.

Sobre a educação básica, a ministra disse que os programas da merenda escolar e do livro didático também serão preservados no caso de contingenciamento. A etapa é financiada prioritariamente pelos estados e municípios, e o MEC entra com 15%. "Eu vou brigar é pelas coisas novas, como a residência pedagógica, a implementaçao da BNCC [Base Nacional Comum Curricular], que são ações novas. Então, a gente tem que ficar em cima."