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Mais três detentos escapam da Penitenciária de Pedrinhas

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/05/2014 - 16:22
Brasília
Penitenciaria de Pedrinhas, Maranhão
© Arquivo/Ministério Público do Maranhão

Três presos fugiram na madrugada de hoje (15) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior estabelecimento carcerário do Maranhão. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Roni Thiago Borges Reis, Adriano de Jesus Costa Pereira e Reinaldo Costa Araújo fugiram por um buraco feito na parede de uma das celas do Pavilhão F1.

A abertura leva ao pátio da unidade. Para chegar às ruas da capital maranhense, São Luís, os três detentos ainda tiveram que escalar e pular do alto do muro de proteção do complexo. A Agência Brasil procurou o governo do Maranhão para saber a altura do muro, mas, até o momento desta publicação, a assessoria não repassou a informação.   

Apesar das buscas, o Grupo de Escolta e Operações Especiais (Geop) e o Batalhão de Choque ainda não capturaram os fugitivos. A Sejap avalia que o rápido acionamento da segurança impediu que outros internos fugissem.

Com as três novas fugas, sobre para 14 o número de presos que fugiram de Pedrinhas, desde o fim de março. Em abril, a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (Sejap) informou que dez presos haviam serrado as grades do teto do pátio do Presídio São Luís, um dos que formam o complexo penitenciário, enquanto lavavam o local, usado para o banho de sol de todos os detentos. 

Superlotado e tendo que lidar com rebeliões e com a violenta disputa entre facções criminosas rivais, o sistema prisional do Maranhão enfrenta uma crise que se agravou a partir de outubro de 2013, quando nove presos morreram durante uma rebelião. Além disso, foi do interior do complexo penitenciário que partiram as ordens para que bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da capital e ateassem fogo em ônibus, nos primeiros dias deste ano. Em um dos cinco ônibus incendiados estava a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois. Só este ano, ao menos sete detentos foram mortos no presídio.