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Alckmin nega racionamento de água em São Paulo

Segundo o governador, 86% dos paulistas reduziram o consumo depois do
Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/08/2014 - 15:02
Brasília

© 05 12:32:04
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conversa com jornalista após encontro com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O  governador  paulista nega racionamento e diz que seca é a pior em 84 anosAntonio Cruz/Agência Brasil

O governador Geraldo Alckmin minimizou hoje (5) os problemas de escassez de água em São Paulo e negou que o estado esteja vivendo um racionamento. Alckmin destacou que esta é a pior seca dos últimos 84 anos na região.

As declarações feitas depois de um encontro entre o governador e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) em Brasília. Alckmin, que é candidato à reeleição, assegurou que 86% dos paulistas atenderam ao apelo do governo e reduziram o consumo depois do bônus oferecido à população em troca da economia de água.

“Fizemos uma grande economia. Temos hoje metade das reclamações do mesmo período do ano passado”, afirmou o governador. Ele levantou suspeitas sobre os interesses em torno do problema de abastecimento, citando uma denúncia de falta d'água em um condomínio, recebida por uma emissora de rádio e que acabou sendo desmentida ontem (4). “Eles foram ao condomínio e não faltava água. E a pessoa [que fez a denúnica] não morava no condomínio. Quem ligou lá [na rádio] para fazer esse tipo de denúncia?”, questionou.

Há quase um mês, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou os resultados de uma campanha lançada na Grande São Paulo, que se contrapunham a declarações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que negava o desabastecimento.

O balanço parcial da campanha ainda mostrou que a falta d'água ocorre todos os dias, pelo menos uma vez, em 76% dos casos. Para 14% das pessoas que fizeram o relato, o racionamento é feito mais de uma vez por semana. Entre os demais consumidores, 4% indicaram que isso ocorre mais de uma vez por dia, 2% relataram a frequência de uma vez por mês e 1% mais de uma vez por mês.