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Graça Foster anuncia criação de Diretoria de Governança na Petrobras

Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/11/2014 - 13:02
Rio de Janeiro
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, participa de audiência pública das comissões de Minas e Energia e Fiscalização Financeira e Controle da Câmara (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, anunciou hoje (18) a criação da Diretoria de Governança, como parte das medidas para melhorar a gestão da companhia. O órgão é uma das 66 medidas listadas pela estatal, que tem dois ex-diretores entre os investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, por diversos crimes financeiros.

Graça Foster é ouvida durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga irregularidades na gestão da Petrobrás (José Cruz/Agência Brasil)

Graça Foster, anuncia Diretoria de Governança na PetrobrasJosé Cruz/Agência Brasil

“Propusemos ao Conselho de Administração (Consad), da Petrobras, que criássemos uma diretoria de governança”, disse. Foster acrescentou que teve o apoio unânime do conselho. Na avaliação de Graça, essa é a mais importante das 66 medidas de adotadas.

A presidenta da Petrobras disse que estuda medidas jurídicas para o ressarcimento de “recursos desviados, eventuais sobrepreços e para o ressarcimento dos danos à imagem da companhia”. As investigações da Polícia Federal indicam que recursos a título de propina foram pagos a diretores e políticos por empreiteiras, em troca de contratos com a petrolífera.

“Onde houver prejuízo vamos buscar [ressarcimento desses prejuizos], para que haja reforço no caixa da companhia”, frisou a executiva. “Temos sido bastante cobrados, para buscar receber de volta aquilo que pagamos além do normal, do previsto e do razoável”, frisou Graça Foster.

Por causa das denúncias, a estatal não pode divulgar o balanço contábil, previsto para a última sexta-feira (14). Nesta segunda-feira, a empresa revelou os dados de produção.

Auditorias externas foram contratadas para investigar o impacto de eventuais ilícitos citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento na Justiça. A companhia informou que vai requerer o acesso às declarações.

A companhia informou que contratou, por um ano, dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigações: o TRW (Trench, Rossi e Watanabe Advogados), por R$ 6 milhões; e o Gibson, Dunn & Crutcher LLP, por U$ 5 milhões.