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Chuva forte causa prejuízo e assusta moradores em Brasília

Em apenas três horas, o volume de água chegou a 75,6 milímetros,
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/12/2014 - 10:40
Brasília
Durante três horas na noite desta terça-feira, uma forte chuva atingiu vários pontos do Distrito Federal e causou estragos, ruas ficaram totalmente alagadas. (Antônio Cruz/Agência Brasil)
© Antônio Cruz/Agência Brasil
Durante três horas na noite desta terça-feira, uma forte chuva atingiu vários pontos do Distrito Federal e causou estragos, ruas ficaram totalmente alagadas. (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O volume de água registrado chegou a 75,6 milímetros, caracterizando a maior chuva em um único dia em todo o ano de 2014 Antônio Cruz/Agência Brasil

O temporal que atingiu a capital federal na madrugada de hoje (17) provocou muitos estragos e assustou moradores. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, em apenas três horas, o volume de água registrado chegou a 75,6 milímetros, caracterizando a maior chuva em um único dia em todo o ano de 2014 em Brasília.

Até as 10h da manhã, grande parte dos semáforos no Plano Piloto, região central da cidade, estava desligada. Carros do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar do Distrito Federal estão espalhados pela cidade na tentativa de organizar o trânsito. As ruas permanecem cobertas de sujeita, terra e galhos de árvores.

Na 402 Norte, uma das quadras residenciais mais atingidas pela enxurrada, os prejuízos foram muitos – sobretudo nas garagens dos prédios. O engenheiro Tiago Ribeiro, 69 anos, chegou a tirar o carro da vaga coberta a que tem direito e estacionou na rua, mas não adiantou. “Dormi a noite toda, acordei cedo para ir trabalhar e deparei com o carro assim: fora da vaga, com água e muita sujeira por dentro”.

O síndico do bloco em frente ao de Tiago, José Belmiro, acredita que construções recentes no centro de Brasília podem estar prejudicando o escoamento da água quando há chuva forte. “Em seis anos, nunca vi isso acontecer. A quadra virou um rio desenfreado. Tive que ajudar uma senhora a sair do carro, que já estava tomado pela água”, contou.

O socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Cícero Júnior, 25 anos, trabalhou de forma quase ininterrupta desde o início do temporal, na noite de ontem (16). “Precisamos tirar muita gente de carros que ficaram presos na inundação. Foi um caos. Não parei até agora, nem pra dormir.”

Em um hospital particular na parte norte da cidade, o pronto-socorro precisou ser fechado depois que a água tomou conta do local. A assessoria de imprensa não foi localizada pela equipe de reportagem para prestar mais esclarecimentos em relação aos prejuízos provocados pelo temporal. Na manhã de hoje, funcionários trabalhavam na tentativa de limpar o estabelecimento, mas não há previsão para a reabertura da emergência.



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