Brasil passa presidência do Brics para a Rússia

Publicado em 31/03/2015 - 20:11 Por Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Brasil deixa hoje (31) a presidência rotativa do Brics, grupo de países formado ainda pela Rússia, China, Índia e África do Sul. O país africano passou a fazer parte do bloco em 2011. A partir de amanhã (1º), o comando caberá à Rússia. O Brics foi criado em 2006.

De acordo com o Itamaraty, durante a presidência do Brasil, foi possível avançar nos acordos para a implantação do Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, com a instalação do conselho de diretores interino do banco, e nos planos de trabalho para tornar a instituição financeira operativa em 2016. Os acordos foram assinados na 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, e estão sob exame do Congresso Nacional para aprovação.

Logo após a cúpula na capital cearense, o Brasil também organizou, em Brasília, a reunião Brics-América do Sul, com a presença de todos os chefes de Estado da região. Além disso, sediou reuniões ministeriais nas áreas de saúde, população, educação, agricultura e desenvolvimento agrário, ciência, tecnologia e inovação com representantes de cada nação do bloco, informou o Ministério das Relações Exteriores.

A 7ª Cúpula do Brics ocorrerá no meio do ano na cidade russa de Ufa. Além desse encontro, a Rússia propôs às delegações dos demais países do bloco a realização, em junho, da 1ª Cúpula Parlamentar do Brics, em Moscou. A proposta foi feita durante a 132ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), em Hanoi, no Vietnã. Os parlamentares chineses já confirmaram disponibilidade para participar.

No domingo (29) passado, de acordo com nota divulgada pelo Itamaraty, o juiz do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Rússia, Vladimir Khamenkov, disse que o país também propõe a ampliação da cooperação entre os altos órgãos judiciários dos países do Brics. Segundo Khamenkov, a cooperação pode se dar em uma ampla gama de assuntos, como a proteção ao meio ambiente, destacando a troca de informações e de propostas para o desenvolvimento do Judiciário.

Edição: Aécio Amado

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