Baía de Guanabara recebe 380 velejadores em evento-teste para 2016

No total, 380 atletas de 55 países participam da Regata Internacional

Publicado em 15/08/2015 - 13:44 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Em meio a críticas sobre a qualidade da água, Baía de Guanabara sediará o primeiro evento-teste para as Olimpíadas de 2016(Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil)

Segundo evento-teste na Baía de Guanabara para 2016 reunirá 380 velejadoresTânia Rêgo/ Arquivo Agência Brasil

Trezentos e oitenta atletas de 55 países participam a partir de hoje (15) da Regata Internacional de Vela, segundo evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos de 2016. As competições começaram às 13h e vão até o próximo dia 22, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

As modalidades RS:X para homens, RS:X para mulheres, laser (masculino) e laser radial (feminino) iniciaram a competição neste sábado. Os atletas vão velejar nas raias da Ponte Rio-Niterói e da Escola Naval. A partir de amanhã, também haverá regatas 470 masculino, 470 feminino, 49er (masculino), 49er FX (feminino), Finn (masculino) e Nacra 17 (em que a dupla é formada por um homem e uma mulher).

No total, o evento tem seis raias. Além da Ponte e da Escola Naval, há as raias do Pão de Açúcar, de Niterói, Copacabana e da Ilha do Pai (na entrada da baía).

O espanhol Iker Martinez, da classe Nacra 17, disse que vai aproveitar o evento-teste para conhecer a Baía de Guanabara. “Já estamos há várias semanas treinando dentro e fora da baía. A baía é espetacular, creio que seja uma das mais bonitas do mundo, mas às vezes é muito difícil, porque há muitas correntes”, disse o atleta europeu.

Mas, apesar de elogiar a beleza do cenário, Martinez se mostrou preocupado com a qualidade da água, pois a baía recebe esgoto não tratado de vários municípios próximos. “Sem dúvida, a água poderia estar mais limpa. Eu me preocupo que a baía tenha uma boa saúde. Como velejador, me preocupa o meio ambiente. Há gente que ficou doente, não sei se é por causa da água ou por causa da comida. Não sou especialista e não posso julgar. A mim, pessoalmente, gostaria que a água estivesse mais limpa.”

Outro atleta da Nacra 17, o neozelandês Jason Saunders disse que também gostaria que a água estivesse mais limpa, mas afirmou que a qualidade da água não tirará seu foco da competição. “A gente veio aqui para competir e não podemos mudar a situação [da baía]. Então, vamos até lá, dar o melhor da gente, nas condições que nos são oferecidas.”

Já a americana Sarah Newberry, da mesma modalidade, disse não ter nada a reclamar da Baía de Guanabara. “Cada raia é totalmente diferente das demais. A condição da água está boa. Não tivemos nenhum problema até agora. Até o momento ninguém ficou doente. Sinto que fizemos o melhor na nossa preparação para estar aqui e vamos nos focar em fazer bem o nosso papel.”

Segundo o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, em todas as raias, as águas estão dentro de padrões aceitáveis. "Está tudo muito bem e não há qualquer informação sobre a interferência de resíduos [sólidos flutuantes]. As coisas caminham muito bem."

Edição: Talita Cavalcante

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