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Obama reforça pedido ao Congresso por leis mais restritivas para porte de armas

No país, o porte de armas é considerado um direito fundamental.
Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 01/10/2015 - 22:36
Atlanta, Estados Unidos
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
© Divulgação/Agência Lusa/EPA/Michael Reynolds/Direitos Reservados

O presidente norte-americano, Barack Obama, voltou a pedir hoje (1º) que o Congresso dos Estados Unidos promova mudanças na legislação para impor medidas mais severas sobre o porte de armas de fogo. O pedido foi feito horas depois de um tiroteio em uma faculdade no estado de Oregon, costa Oeste do país, que acabou com 13 pessoas mortas e 20 feridas.

“Nossos pensamentos e nossas orações não são suficientes. Isto tornou-se uma rotina”, afirmou. De acordo com as autoridades locais, o autor dos disparos, um homem de 20 anos, foi morto na sequência de um tiroteio com a polícia.

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama

Para Barack Obama, não pode ser tão fácil alguém que queira fazer mal a outras pessoas ter acesso a uma armaDivulgação/Agência Lusa/EPA/Michael Reynolds/Direitos Reservados

Este ano Obama já havia pedido mudanças na legislação e expressado que sua maior frustração ao longo de quase dois mandatos foi não ter conseguido enviar ao Congresso um projeto de lei mais restritivo para a posse de armas.

"Temos de mudar nossas leis, porque não pode ser assim tão fácil que alguém que queira fazer mal a outras pessoas tenha acesso a uma arma", acrescentou.

Segundo a imprensa local, o pronunciamento de hoje foi o décimo quinto de Obama em defesa de mudanças na legislação sobre o porte de armas.

No país, o porte de armas é considerado um direito fundamental. Culturalmente, os norte-americanos acreditam que ter acesso e usar uma arma em defesa pessoal é um direito ligado ao conceito de cidadania.

Várias instituições e Organizações Não Governamentais lutam por mudanças na legislação e fazem campanhas de conscientização sobre o uso de armas, mas qualquer alteração enfrenta resistências culturais e também da indústria bélica, que tem um dos lobbies mais poderosos e influentes no Congresso e nos estados norte-americanos.