Leilão do estádio da Portuguesa não recebe lances
O terreno pertencente à Associação Portuguesa de Desportos, que engloba metade do Estádio do Canindé, não recebeu nenhum lance no leilão marcado para a tarde de hoje (18). Apesar de 600 pessoas interessadas terem se cadastrado para participar do pregão, não houve qualquer oferta.
De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com o insucesso da venda da área, o juiz responsável pelo caso, Maurício Marchetti, da 59ª Vara Trabalhista de São Paulo, deliberará na próxima semana quais passos serão adotados.
Os recursos arrecadados com a venda seriam usados no pagamento de dívidas trabalhistas da Portuguesa no valor, não corrigido, de R$ 47 milhões, para sete credores – entre eles ex-jogadores.
A área de 42.350 metros quadrados (m²), avaliada em R$ 123,5 milhões, teve o lance mínimo para aquisição estipulado em 60% desse valor (cerca de R$ 74 milhões). O terreno que foi a leilão é aproximadamente 42% da área ocupada pela Associação Portuguesa de Desportos, que no total tem 100 mil m². Os outros 58% são de propriedade da prefeitura de São Paulo.
Segundo o leiloeiro oficial, Douglas Fidalgo, três fatores principais afastaram possíveis compradores da área: a situação econômica, a divisão da área com a prefeitura, e o processo de tombamento do local, "o que iria desvalorizar a área”, destacou.